Diego
Medina
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Começou nesta semana uma das fases mais gostosas do circuito
profissional masculino de tênis.
Ok, para alguns nada como a temporada de saibro (afinal é
quando a gente vê mais brasileiros se dando bem pelas quadras
do mundo). Ou a transição para a grama, em que o tenista precisa
mostrar mais que habilidade com a bolinha.
Mas é nestes últimos meses da temporada que o circuitão mostra
a sua cara mais bacana: é a época dos torneios em quadras
cobertas, fechadas, nas principais cidades européias. É quando
as chaves de 32 tenistas promovem clássicos já nas suas primeiras
rodadas.
Nesta semana, imagine, em Viena, na Áustria, tem (teve) Marat
Safin, Magnus Norman, Tim Henman, Thomas Enqvist, Cedric Pioline.
Já na primeira rodada, duelos como Greg Rusedski x Yevgeny
Kafelnikov, Alex Corretja x Tommy Haas, Tim Henman x Marc
Rosset.
Na semana que vem, o Tour se transfere para Toulouse. Depois,
divide-se em Moscou e Basiléia. E a lista não pára: Stuttgart,
Lyon, São Petersburgo, Paris, Estocolmo...
Não bastasse o glamour europeu, o inverno que começa a chegar,
as palmas ecoadas por pavilhões e o carpete rápido, tem, agora,
a disputa pela liderança da Corrida dos Campeões.
São quatro tenistas brigando para terminar na frente a corrida
até a Copa do Mundo, em Lisboa: Gustavo Kuerten, Marat Safin,
Pete Sampras e Magnus Norman.
Safin, a bola da vez, mostra que está tendo certa dificuldade
a esta altura da temporada. Há jornalistas europeus que já
vêem no rosto do russo um certo cansaço acumulado. Na Olimpíada,
caiu na primeira rodada; agora, nesta semana, em Viena, também
queda na primeira rodada.
Sampras, casado, mostra que talvez o tênis esteja, de fato,
perdendo espaço em sua vida. O supercampeão desistiu de jogar
em Viena por, oficialmente. "razões pessoais". E já disse
que só volta no fim do mês, em Stuttgart.
Norman está um tanto distante dos outros tenistas na classificação.
E, por isso, terá de conseguir um desempenho bastante superior
ao de seus concorrentes para chegar na frente. O que duvido.
Kuerten lidera, ainda que por apenas seis pontos sobre Safin
e oito sobre Sampras. Mas é o tenista que mostrou maior evolução
na adaptação a pisos diferentes. Se em 1999 mostrou que sabe,
sim, rebater a bola na grama, neste ano saiu definitivamente
da marca "saibro" e é favorito em todos os torneios que participa.
Nesta semana, tornou-se o tenista com maior período como número
um do mundo da temporada: 12 semanas. O que vem pela frente
é um desafio: em 1997, deixou de ir à Copa por causa dos torneios
europeus nesta época do ano. Mas o Kuerten de hoje é outro.
Não bastasse essa briga saudável entre os tops, outra corrida
vai movimentar os salões europeus: quatro vagas restantes
na Copa de Lisboa (Kuerten, Safin, Sampras e Andre Agassi
já estão lá).
Norman, Kafelnikov, Hewitt e Corretja estão quase lá. Enqvist
e Henman, continuam com boas chances. Todos os tenistas com
ótimo desempenho no carpete europeu e talento para virar qualquer
jogo contra qualquer adversário em qualquer cidade.
As disputas, do jeito que estão, estão do jeito que a gente
gosta.
Notas
ACOMPANHAR DE PERTO
A América Latina vê, também nesta época do ano, uma disputa
particular: a Copa Ericsson movimenta a região e coloca em
quadras tenistas locais que não são tão vistos por aí. Aliás,
que só são vistos por aqui.
É uma boa chance de ver bons jogos e tenistas competitivos
de perto. São Paulo recebe etapa a partir de 23 de outubro.
E o Rio faz o masters da competição a partir de 11 de dezembro.
VER DE PERTO
Já estão à venda ingressos para ver Gustavo Kuerten e Fernando
Meligeni jogarem em São Paulo, de 19 a 21 de outubro. Ok,
é apenas um torneio de exibição contra argentinos, coisa que
não vale nada no ranking. Mas só ver Kuerten e Meligeni em
ação já vale o programa.
E-mail: reandaku@uol.com.br
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