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Diego
Medina
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Já havia ouvido falar em Half Moon Bay há bastante tempo.
Ainda na década de 70, um amigo fabricou pranchas com o nome
da Baía da Meia Lua, à qual tinha visitado numa viagem ao norte
da Califórnia.
Maverick’s, no entanto, até há pouco, só associava a número
de cilindros, rodas e à concorrida feira de carros antigos às
terças-feiras na praça Charles Miller.
Nos últimos anos, as ondas que alcançam a baía e quebram na
bancada de Maverick’s, incluíram os nomes no vocabulário do
surfe. “Se o Havaí é a “Meca” do surfe, Waimea é o templo supremo
do big surfe”.
A máxima, verdadeira durante décadas, agora é contestada. O
Havaí, pela qualidade, diversidade e clima, segue como o principal
palco para a prática do esporte; quando o assunto é onda grande,
no entanto, Waimea deixou de ser a referência absoluta.
Na recém-terminada temporada de ondas grandes no hemisfério
norte, Maverick’s roubou a cena. Ainda em outubro, uma ondulação
gigante chegou de surpresa. Poucos estavam preparados. Entre
eles, apenas três obtiveram sucesso, com a ajuda do jet-ski,
no maior dia.
Peter Mel, Kenny Collins e Jeff Clark tiveram a sessão de suas
vidas. Enquanto alguns poucos tentavam, sem sucesso, chegar
remando ao line-up (o brasileiro Carlos Burle foi um deles),
o trio surfou algumas das maiores ondas já documentadas, e com
controle suficiente para entubar em morras de 25 pés.
No mês passado, quando o período de espera do Eddie Aikau -
campeonato de ondas grandes realizado em Waimea - chegava ao
fim, sem sua realização, rolava em Mav’s o Quiksilver Men Who
Ride Mountain. Para 20 convidados, a prova aconteceu em ondas
gigantes, lisas e tubulares.
Só na remada, durante oito horas, os big-riders se revezaram
em baterias de cinco atletas. Ao final, a prova evidenciou que
o surfe moderno está mais eclético do que nunca. Primeiro e
segundo lugares, Darryl “Flea” Virostko e Kelly Slater surfam
bem em ondas de três a 30 pés. Peter Mel, quarto colocado, arrebenta
rebocado pelo jet-ski ou remando, sem preconceito.
Enquanto os puristas seguem sustentando que surfe é no braço,
os adeptos do tow-in vão encontrando novas opções e aumentando
alguns pés nos drops.
Nas próximas semanas, um projeto batizado com o sugestivo nome
de Neptuno, irá pôr pilha no assunto. Oito surfistas, entre
eles Taylor Knox e Ken Bradshaw, irão, com uma estrutura que
inclui um catamarã de 75 pés, um barco de pesca de 57 pés, helicóptero
e oito jet-skis, a uma bancada distante 150 km da costa californiana.
O lugar é conhecido como Cortês Bank e é, supostamente, o ponto
onde estouram as maiores ondas do mundo. Em uma área do Pacífico,
com profundidade de 5 mil pés, a bancada de Cortês sobe, ficando
com apenas seis pés. O resultado desse acidente geográfico com
as tempestades nascidas dias antes, ainda no Japão, são ondas
de até 100 pés.
NOTAS
Escalada
André "Belezinha" Berezoski venceu a primeira etapa do Campeonato
Brasileiro de Escalada Esportiva que aconteceu na Barra da Tijuca,
RJ, no último fim-de-semana. Paloma Cardoso ganhou na categoria
feminina. Os 15 primeiros colocados têm vagas garantidas para
concorrer no Sul-Americano, que será disputado sábado e domingo
no mesmo local.
Corrida de aventura
As 49 equipes participantes do Elf Authentic Adventure, que
envolve sete modalidades esportivas, estão no Ceará e ainda
passarão pelo Piauí, rumo ao Maranhão. A equipe norte-americana
Pharmanex lidera a competição. Dos oito times brasileiros, o
EMA Brasil tem se destacado pela rapidez e ocupa o sexto lugar.
A competição deve terminar entre os dias 27 e 29 deste mês.
Mais informações: www.elf-adventure.com
Pára-quedismo
A segunda etapa do Circuito Brasileiro de Pára-Quedismo começa
hoje, dia 20, na praia do Pepê, Rio de Janeiro. A principal
atração é o atleta Luiz Henrique “Sabiá” dos Santos, tricampeão
brasileiro. A competição abrange todas as modalidades do esporte
e os saltos serão feitos a bordo de um avião especial chamado
Sky Van.
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13/04/2000 - Bom começo
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