Diego
Medina
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Sensores nas linhas das quadras e nas bolinhas de tênis prometem
eliminar os erros de julgamento. Imagens projetadas nos monitores
gigantes da NBA, a liga de basquete profissional norte-americana,
já ajudam os juizes há algum tempo. Cada vez mais a tecnologia
vai ganhando espaço no mundo dos esportes.
Se para a obtenção de resultados mais justos o uso de aparatos
tecnológicos é condenado pelos puristas de certos esportes,
o que diriam estes sobre o uso de tais recursos para fins
de melhorar o desempenho dos atletas.
O assunto é polêmico e tende a crescer também nos esportes
que acompanhamos, muitos recém criados e em permanente aperfeiçoamento
de regras, conceitos e equipamentos.
Recentemente, no mundial de surfe, foi introduzido o uso do
jet-ski para rebocar os atletas para o out-side em mares cujas
condições -longas remadas - dificultem o desempenho dos surfistas.
A princípio o uso do motor foi aprovado e está em teste.
Também no surfe a mais nova vem da categoria feminina. Em
recente prova do WCT, disputada na África do Sul, a australiana,
número um do mundo, Layne Beachley, usou um walkie-talkie
colado nas costas, através do qual se comunicava com seu namorado,
o surfista Ken Bradshaw, na areia.
A alegada experiência visava obter informações sobre as séries
e também sobre a pontuação, que apesar de anunciada pelos
alto-falantes, nem sempre é audível na água. Segundo a campeã,
que tem praia no nome, o aparato, na real, só atrapalhou.
Mas a confusão já estava armada.
Acusada de anti-profissional, anti-esportista e que a atitude
era mais para aparecer, Layne se limitou a rir e dizer que
não estava fazendo nada errado. O que foi ratificado pelo
gerente do tour, Al Hunt, que disse não existir regra que
proíba o surfista de receber instruções da areia.
Com o objetivo mais nobre, segurança, o uso do oxigênio nas
escaladas de alta montanha também é controverso. Para muitos,
"uma sacanagem". Mas estudo desenvolvido no Everest e K2 pela
Universidade de Washington, aponta para o perigo da ascensão
natural: a taxa de mortalidade durante a descida é de 8,3%
para os que não usam oxigênio e de menos de 3% para quem usa.
O estudo é ainda mais conclusivo se focado no K2. Todos que
usaram oxigênio no segundo pico mais alto do mundo sobreviveram,
enquanto 22 dos 177 que não usaram, morreram. O recurso não
só reduz o desgaste físico, mas, principalmente, o mental,
e por isso os alpinistas têm mais chance de concluir a jornada.
É fato que o uso de recursos tecnológicos tira um pouco da
essência do esporte. Mas também é inegavél que permite e estimula
a busca de limites maiores. É possível que em breve muitos
esportes possam ser divididos em duas categorias: Primitiva
e Revolucionada.
Notas
Surfe
O brasileiro Armando Daltro, líder do WQS, comemorou sua primeira
final no WCT e ficou em segundo lugar no T&C Lacanau Pro (França),
no último domingo. Ele subiu da 34ª para a 18ª posição do
ranking mundial. O campeão foi o norte-americano Rob Machado.
Ontem começou a oitava etapa do circuito, o Hossegor Rip Curl
Pro, também na França.
X-Games
As finais das olimpíadas dos esportes de ação agitaram o final
de semana na Califórnia (EUA). A paulista Fabíola Silva, ganhou
medalha de ouro no patins in-line street. Rodil de Araujo,
o Ferrugem, foi prata na categoria street. O paulista Bob
Burquinst, venceu o Skateboarding Best Trick Contest e deixou
o público impressionado com suas manobras. No skate double
vertical, a dupla Cristiano Matheus e Sandro Dias, faturaram
o bronze.
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carlosarli@revistatrip.com.br
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10/08/2000 - Empinando pipa
03/08/2000 - Melhores condições
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20/07/2000 - O mundial definitivo
13/07/2000 - Dj-Bay e Itamambuca
06/07/2000 - Disneylândia
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22/06/2000 - Campeão
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