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Diego
Medina
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Alívio e Classificação Alívio geral: a seleção brasileira está classificada
para as finais da Liga Mundial e mostrou um grande voleibol nas
últimas quatro partidas. O time, depois de atuações sofríveis, parece
que chegou ao equilíbrio com a eficiência alcançada principalmente
no saque.
Contra os Estados Unidos, o que se viu foi uma mistura explosiva:
o Brasil, com um saque poderoso, bombardeando Romano, o frágil líbero
dos Estados Unidos. Nos dois jogos que os norte-americanos venceram
os brasileiros em São Paulo, o líbero foi Erik Sullivan.
Dois outros fatores também serviram para dar esse salto de qualidade
ao time brasileiro. O passe e a defesa, com Kid e Nalbert, passaram
a funcionar muito bem. E o ataque de ponta, que era um dos problemas,
ganhou eficiência com Max, de volta à boa forma, e com Dante, a
revelação da temporada.
O que preocupa ainda é o bloqueio e a falta de regularidade. Nos
últimos tempos, o time tem se especializado em se tornar uma incógnita:
em um mesmo torneio, vai do céu ao inferno. Há pouco mais de duas
semanas, perdeu da frágil Espanha em casa. Neste final de semana,
quebrou a invencibilidade dos EUA.
Vamos ver o que acontece agora na fase final da Liga, a partir do
dia 10. Tirando a Holanda, classificada por ser a sede da etapa
decisiva da competição, as outras cinco seleções são candidatas
ao título olímpico em Sydney: Brasil, Itália, Iugoslávia, Rússia
e Estados Unidos.
A maior ausência é Cuba. Pela primeira vez, desde que passaram a
disputar a Liga em 91, os cubanos estão fora da fase final. O que
derrubou a equipe, que jogou sem seu principal atacante, Oswaldo
Hernandez, foram as três derrotas para a França nas primeiras rodadas,
uma delas em Havana.
Nos dois jogos do último final de semana contra os gigantes da Rússia,
a seleção cubana só conseguiu vencer um set e acabou em terceiro
lugar na chave, atrás da França. Os russos terminaram em primeiro
lugar. A outra vaga ficou com a Holanda, que fez pior campanha da
chave mas é a sede das finais.
O técnico cubano Juan Diaz não se abateu com a eliminação do time
e lançou a seguinte frase na entrevista coletiva: "A Rússia vai
ficar entre os três primeiros colocados da Liga Mundial, mas nós
vamos ficar entre os três primeiros em Sydney. Para isso, vamos
treinar mais do que antes".
*
A seleção brasileira feminina começou bem sua caminhada para Sydney.
No sorteio dos grupos olímpicos, caiu na melhor chave. Ficará no
grupo de China, Croácia, Quênia, EUA e Austrália. O maior problema
são as chinesas. O perigo da Croácia é quando a atacante Barbara
Jelic está inspirada.
Na outra chave ficaram quatro pedreiras: Rússia, Cuba, Coréia do
Sul e Itália. Os únicos que não oferecem perigo nesse grupo são
Peru e Alemanha.
NOTAS:
Vasco
*O Vasco ainda não descartou a possibilidade de contar com a croata
Barbara Jelic. As negociações continuam, mas o acerto ficou mais
difícil: a jogadora também tem proposta do Modena, atual campeão
italiano. Jelic, que na vitória da Croácia sobre a Itália no último
Pré-olímpico marcou 45 pontos, seria a solução para o Modena, que
perdeu sua principal atacante: a búlgara Antônia Zetova.
Projeto
*A Argentina, sede do mundial masculino de 2002 e de olho no pódio
dessa competição, está trabalhando uma nova geração para reforçar
a atual seleção já no próximo ano. Doze jogadores, da seleção juvenil,
fizeram uma excursão de um mês pela Europa enfrentando equipes de
países como Rússia, Itália e Polônia. O objetivo é dar experiência
aos atletas.
E-mail:
cidasan@uol.com.br
Leia
mais:
Leia
as colunas anteriores:
26/06/00 - Avanços
19/06/00 - Sofrimento
12/06/00 - A força do saque
05/06/00 - Contusões e soluções
29/05/00 - Estréia com derrota
22/05/00 - Teste de forças
15/05/00 - O Enigma
08/05/00 - Pesos e medidas
01/05/00 - Tradição
mineira
24/04/00 - Jogo de erros
17/04/00 - Duelo de defesas
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