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Diego
Medina
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Os Jogos de Sydney representam um desafio especial para uma seleção: a Itália. Nunca houve na história do vôlei um time com tantos títulos mundiais que não fosse campeão olímpico. A Olimpíada também representa o fim da saga de uma geração tricampeã mundial e que transformou a Itália em uma força no vôlei.
Dos 12 convocados pelo técnico Andrea Anastasi, quatro participaram da conquista do primeiro título no Mundial de 90, no Brasil: Gardini, Giani, Tofoli e Bracci. Trintões, eles devem disputar em Sydney a última Olimpíada e têm a chance de superar a síndrome (ou maldição?) olímpica que atormenta o time.
Nos Jogos de Barcelona e Atlanta, a equipe italiana tropeçou diante de um mesmo adversário: a Holanda. As derrotas caíram como uma tragédia sobre a seleção mais vitoriosa da década de 90. As sequelas dessa história parecem que ainda se manifestam na equipe. Basta lembrar a última Liga Mundial.
Na fase final, a Itália venceu quatro dos cinco adversários que enfrentou (EUA, Rússia, Brasil e Iugoslávia) e conquistou o título. Só perdeu um jogo. Adivinhe para quem? A resposta é básica: Holanda, a mais frágil das equipes finalistas e que só se classificou para aquela etapa por ser a sede da competição.
Esses resultados repetitivos às vezes levam a alguns tabus como: a Itália não ganha da Holanda, os holandeses dificilmente vencem o Brasil; os brasileiros costumam tropeçar diante de Cuba; e os cubanos raramente derrotam a Itália.
Em Sydney, para preocupação da "azzurra", o cruzamento das chaves permite que seja repetida a situação da Olimpíada de 92: um confronto entre Itália e Holanda nas quartas-de-final. Esse jogo é eliminatório: quem perder estará fora da disputa. Já em 96, a derrota para os holandeses foi na final olímpica.
Se valer o tabu, o Brasil tem um consolo: está na mesma chave de Cuba. Não há problemas de um cruzamento com os cubanos nas quartas-de-final.
E a seleção, caro leitor, já está a caminho de Sydney sem que se saiba afinal quem são os titulares. Nem mesmo os jogadores têm certeza de qual será o time que irá estrear na Olimpíada. Uma estratégia questionável do técnico Radamés Lattari, que acaba gerando mais disputa e insegurança entre os atletas.
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A Federação Internacional de Vôlei vai premiar os melhores do século em três categorias: técnicos, jogadores e times. Os escolhidos sairão de uma lista elaborada pela entidade. O resultado final será anunciado dia 30 de novembro.
O que chama a atenção é a indicação dos brasileiros. Não aparece representante algum da seleção campeã olímpica em 92. Os únicos da lista são Renan e Bernard, da geração de prata. Entre as brasileiras, as citadas são Ana Moser, Márcia Fu e Fernanda Venturini.
Já para a grande seleção do século, o time campeão olímpico brasileiro concorre com pesos pesados como a Itália (de 89 a 92), EUA (84 a 88), a então União Soviética (78 a 82), o Japão (68 a 72) e a Polônia (74 a 76). Vencedor mesmo deve ser quem teve o prazer de ver todas essas equipes em ação.
NOTAS:
Os 12 da Itália
*O técnico da Itália define os 12 jogadores para a Olimpíada de Sydney: os levantadores Meoni e Tofoli; os ponteiros Papi, Bracci e Rosalba; os opostos Giani e Sartoretti; o líbero Mirko Corsano e os centrais Gardini, Gravina, Mastrangelo e Fei. A novidade é que a Itália irá com quatro centrais e três ponteiros. A maioria das seleções, como o Brasil, vai com três centrais e quatro ponteiros.
Despedida
*A Iugoslávia vai perder seu principal atacante. Vladimir Grbic, 29, já anunciou que fará sua despedida da seleção em Sydney. O jogador disse que dedicou os últimos dois últimos meses para treinar e conseguir chegar ao ouro olímpico.
Alarme falso
Ao contrário do que chegou a ser anunciado, o atacante Fomin não deverá defender a Rússia em Sydney. No torneio preparatório para a Olimpíada, encerrado sábado na França, ele nem estava presente. A Rússia perdeu para a Itália e ficou em segundo lugar. Os italianos foram campeões.
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