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Diego
Medina
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O Brasil cumpriu a missão: conseguiu duas vitórias sobre a frágil
Espanha, desfalcada de seu principal jogador, Rafael Pascual. A
boa nova é que Max está voltando a jogar bem e parece estar resolvendo
um dos maiores problemas da seleção nos últimos tempos: o ataque
da bola alta na ponta.
O que chamou atenção nos últimos dias não foi nem os confrontos
com a Espanha, mas as contusões do time brasileiro e as soluções
encontradas pela comissão técnica. Giba machucou o ombro e teve
de retornar ao Brasil para iniciar tratamento. Depois foi a vez
de Nalbert, que sentiu problema na coxa.
Carlão, que havia iniciado tratamento de recuperação física no Rio,
previsto para três semanas, foi chamado às pressas para a Espanha.
Difícil entender uma decisão dessas: interrompe-se a programação
do atleta e coloca-se em jogo a sua preparação em pleno ano olímpico.
O que é prioridade: Liga ou Olimpíada?
O certo é que Carlão perdeu o avião e, esse atraso do jogador no
aeroporto, acabou resolvendo a história da melhor maneira. Ele não
foi para a Espanha e continuou o tratamento no Rio. E o Brasil,
como era esperado, não teve problemas para vencer a desfalcada Espanha
com Dante e Dirceu.
Depois dessa história de Carlão ter perdido o avião, o técnico Radamés
Lattari também mudou de idéia. Desistiu da presença do atacante
nessas partidas na Europa e vai seguir até a Polônia, sede dos próximos
dois jogos do Brasil, com onze jogadores. Melhor assim.
Já os confrontos do final de semana mostraram que os franceses são
a sensação da Liga. Em quatro rodadas, derrubaram dois gigantes:
Cuba e Rússia. Está certo que os cubanos estão jogando com meio
time reserva. Mas os russos, campeões da Copa do Mundo, estão com
quase todas suas feras em quadra.
Vale lembrar que as equipes estão em estágio de preparação diferente.
A Liga para os franceses é o último torneio antes do Pré-olímpico,
mas o time também tem mostrado saque poderoso e novos talentos como
Frantz Granvorka.
No último Campeonato Italiano, Granvorka, 24 anos e 1,97m, chegou
a ser comparado com Giani, jogador mais completo da Itália. Central
da equipe do Parma na temporada passada, ele alcança a bola a 3,65
m e foi um dos melhores sacadores do torneio.
Os franceses dividem com os norte-americanos o mérito de serem os
únicos invictos da competição depois de quatro rodadas. É certo
que muito água ainda vai rolar. Cuba, por exemplo, já deve ter seus
principais jogadores, como Osvaldo e Ihosvany Hernandez, nas próximas
rodadas.
No feminino, a China foi campeã da Volleymasters, antiga Copa BCV,
na Suíça. As chinesas venceram as russas, que estavam sem Artamonova,
por 3 sets a 0. A medalha de bronze ficou com a Croácia, que derrotou
a Itália por 3 sets a 1. Cuba, sem suas estrelas, perdeu da Holanda
por 3 a 0 e ficou em sexto lugar.
NOTAS:
Destaques
*A atacante croata Barbara Jelic, novo reforço do Vasco, foi o destaque
da Volleymasters, na Suíça. Ela foi a maior pontuadora do torneio
com 119 pontos, média de 24 por jogo. Jelic também foi a bloqueadora
mais eficiente.
Contusão
*Jogando em casa, a Argentina conseguiu vencer um dos dois confrontos
contra a Itália, mas teve prejuízo. Perdeu seu principal atacante:
Marcos Milinkovic machucou o joelho direito e está ameaçado de não
jogar na próxima rodada.
Proposta
*Bebeto de Freitas tem propostas para dirigir três times italianos
na próxima temporada: Roma, Treviso e Milão. Por enquanto, a resposta
de Bebeto tem sido negativa, mas há especulações na imprensa italiana
que ele possa acertar com o Roma. Bebeto foi campeão mundial dirigindo
a Itália em 98.
E-mail:
cidasan@uol.com.br
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29/05/00 - Estréia com derrota
22/05/00 - Teste de forças
15/05/00 - O Enigma
08/05/00 - Pesos e medidas
01/05/00 - Tradição
mineira
24/04/00 - Jogo de erros
17/04/00 - Duelo de defesas
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