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Segunda-Feira, 7 de agosto de 2000

Hora da decisão

Cida Santos
     

Diego Medina
 


Sexta-feira começa a Copa América, último torneio da seleção masculina brasileira antes do início da Olimpíada. Depois de meses de testes em dezenas de jogadores, não dá mais para adiar: chegou a hora de o técnico Radamés Lattari enfim desvendar o mistério e revelar o time que estará em quadra em Sydney.
Mas pelo que tudo indica, a dúvida ainda continua atormentando o técnico. Para se ter uma idéia, nem os jogadores têm noção de quem serão os dois ponteiros titulares. Nos treinos, Lattari tem revezado os quatro candidatos em quadra: Tande, Nalbert, Giovane e Giba.
Já Dante, que também concorria por uma vaga na ponta, está treinando no time titular na diagonal do levantador. Ele está ocupando a posição de Max, que sofreu uma lesão na coxa direita e não deverá disputar a Copa América.
A opção por Dante como oposto já pode ser sinal de definição de um dos dois cortes que Lattari ainda precisa fazer para definir o grupo que vai a Sydney. O atacante Joel, que seria o reserva imediato de Max e candidato natural a essa posição, pode ser um dos dispensados.
Certos no time de Radamés Lattari parecem ser mesmo o levantador Maurício e o líbero Kid. Nos treinos, apesar de o técnico também promover rodízio entre os centrais, os titulares no meio de rede deverão ser Douglas e Gustavo.
Na Copa América, primeira competição oficial de Tande e Giovane depois de três anos na praia, o Brasil terá três grandes adversários para testar suas armas: Cuba, EUA e Argentina. Vamos torcer para que Lattari também aproveite o torneio para começar a ser mais ousado nas substituições durante os jogos.

*

Do outro lado do mundo, a seleção brasileira feminina fez um jogão de bola ontem e venceu a China por 3 sets a 2. Foi a partida mais longa entre as seis disputadas no primeiro final de semana do Grand Prix: 2h21min de duração.
O que impressionou foi o duelo de defesas entre as duas seleções. Nesse fundamento, o Brasil tem dado um show: é o time com a melhor defesa do torneio.
Outro destaque tem sido a atacante Erika, com uma média de 20 pontos por jogo.
Apesar de irregular e de ainda cometer muitos erros nos jogos, a seleção tem mostrado uma característica rara em times latinos: o poder de reação. Um exemplo: no segundo set contra as chinesas, o Brasil chegou a estar perdendo por 23 a 19, mas conseguiu virar o placar. Venceu por 27 a 25.
Brasil e Cuba são as únicas seleções invictas: somam três vitórias. No próximo final de semana, o time brasileiro terá um teste mais difícil pela frente: um dos seus três adversários será a equipe de gigantes da Rússia.
Já as cubanas estão com a bola toda. Ontem, arrasaram as russas com uma vitória por 3 sets a 0. A atacante Mireya Luis, já recuperada de uma cirurgia de hérnia de disco e que está na reserva, declarou que a atual seleção cubana é melhor do que aquela que foi campeã olímpica há quatro anos. É esperar pra ver.


NOTAS:


Desfalque
*O atacante Bernardi, um dos mais experientes da seleção italiana, está fora da Olimpíada de Sydney. O jogador, de 32 anos e integrante da geração que conquistou o primeiro título mundial italiano em 1990, voltou a ter problemas no tornozelo esquerdo e foi operado na última quarta-feira. Foi a segunda cirurgia sofrida pelo atleta este ano no mesmo local. Bernardi, que havia deixado a seleção depois dos Jogos de Atlanta, retornou o ano passado com o sonho de conquistar o ouro olímpico em Sydney.


Revisão
*Os dirigentes cubanos estão de olho nos resultados de suas seleções em Sydney. Uma má campanha pode levar a Federação a impedir a transferência de seus atletas para a Itália. O ritmo do Campeonato Italiano estaria provocando contusões nos jogadores e maus resultados das seleções. Pela primeira vez , os cubanos não se classificaram este ano para as finais da Liga Mundial.

 


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