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combate reunindo os in victos Félix ‘‘Tito’’ Trinidad e Fernando
Vargas, pela unificação dos cinturões dos médios-li geiros,
mais do que acirrar a tradicional rivalidade entre mexica nos
(Vargas é norte-americano descendente de mexicanos) e portoriquenhos,
tem o potencial para ser a ‘‘luta do ano’’.
O vencedor do combate também tem a chance de ser reconhe cido
como o melhor lutador da atualidade, dependendo da maneira como
atingir a vitória.
Trinidad, para quem não se lembra, tirou a invencibilidade de
Oscar de la Hoya (em combate polêmico, é verdade) no ano passado.
Vargas, por outro lado, registrou vitórias sobre os ex-campeões
‘‘Yori Boy’’ Campas, Raul Marquez, Ike ‘‘Bazooka’’ Quartey e
também sobre Ronald ‘‘Winky’’ Wright E adivinhem!
Os brasileiros não vão assistir mais essa apresenta ção, o que
não deveria ser surpre sa, visto que as TVs ignoraram os últimos
três mais importantes combates entre pesos-pesados (até o fechamento
desta coluna nenhuma emissora havia confir mado a transmissão
da luta).
Consultadas sobre o motivo para tal desinteresse, as emissoras
de TV, inclusive aquelas especializadas em esportes, apresentam
várias justificativas, que vão de motivos comerciais (‘‘negociamos
com antecedência o espaço dos comerciais dos filmes dos sábados
e quando há lutas não há mais tempo hábil para mudar isso’’)
a técnicos (‘‘não há espaço na grade de programação’’). Ou fogem
do assunto (‘‘Isso é temporário. Esta mos estudando nossa programação
para o próximo ano’’).
Mas não adianta explicar isso aos torcedores, que, inconformados,
têm enviado e-mails sobre o assunto para esta coluna.
‘‘Mandei um e-mail para o Sportv perguntando a eles porque a
emissora não transmitia lutas de boxe. Eles responderam que
não havia lugar na grade. Pois, se um canal de esporte não tem
lugar para transmitir lutas de boxe, o que poderemos esperar
da Globo, SBT e outras emissoras? Toda semana tem alguém lutando
e ninguém transmite. Que país esquisito, até nos esportes!
Flávio De Rosa’’
Ou: ‘‘Caro Eduardo, quero saber onde estão as pessoas aficionadas
pela nobre arte, dentro da mídia, que não trazem de volta o
espaço reservado ao boxe. Acredito que, como eu, outros também
sofrem em silêncio, sempre esperando e torcendo para que possamos
voltar a ver boxe.
Chico Felix’’ Felix,
eu recomendaria que, em vez de ‘‘sofrer em silêncio’’, você
e todos os outros insatisfeitos se guissem o exemplo do Flávio,
di rigindo seus comentários às emissoras de TV. Somente assim
eles saberiam que o público está insatisfeito com a atual situação.
Nos EUA, após um longo perío do fora da TV aberta, o boxe volta
a essas emissoras. Seria interes sante que as TVs brasileiras,
que importam muita coisa da programação das emissoras dos EUA,
adotassem mais esta tendência.
Notas
Superpenas 1
O mais provável adversário do brasileiro Acelino Freitas,
o Popó, campeão dos super penas pela Organização Mundial de
Boxe, em uma eventual unificação de títu los, o cubano Joel
Casamayor, coloca o cinturão da Associação Mundial de Boxe em
jogo no dia 6 de janeiro contra o ex-campeão Rober to Garcia.
Superpenas 2
Campeão pelo CMB (Conselho Mundial de Boxe), o norte-americano
Floyd Maywea ther assinou contrato para enfrentar o compatriota
Diego Corrales no dia 20 de janeiro, nos EUA. Ambos são considerados
atualmente os melhores lutadores da categoria. Corrales havia
abdica do recentemente do cinturão da Federação Internacional
de Boxe por causa de dificuldades para ‘‘dar o peso’’, mas resolveu
enfrentar Maywea ther após uma discussão.
E-mail: eohata@folhasp.com.br
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