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Caso
derrote o desafiante samoano David Tua amanhã, o britânico
Lennox Lewis será o primeiro campeão dos pesos-pesados
a manter o cinturão por três vezes ou mais durante
o perído de um ano desde que Mike Tyson defendeu o título
em quatro oportunidades em 1987.
Naquela ocasião, Iron Mike bateu
James Quebra-ossos Smith (por pontos),
Pinklon Thomas (por nocaute em seis assaltos), Tony Tucker (pontos)
e Tyrell Biggs (nocaute em sete).
Agora, Lewis vem se mostrando um dos mais ativos campeões
da história. Pois é, mas tal fato quase passou
despercebido por dois mo tivos: a quantidade de títulos
que torna difícil para os torcedores acompanhar o esporte,
e o fato de no Brasil as defesas de Lewis (nocautes sobre Michael
Grant e Frans Botha) este ano terem sido transmitidas em pay-per-view.
Alguém pode contestar que na época de Joe Louis
(que aliás foi o campeão que mais vezes defendeu
o cinturão em um ano sete vezes, em 1941), por exemplo,
quando havia somente uma entidade controlando o boxe internacional
e apenas oito categorias de peso era bem mais fácil acompanhar
o que acontecia no boxe?
Hoje em dia há 17 categorias de peso e pelo menos quatro
campeões em cada uma delas, considerando somente as quatro
principais entidades a controlar o boxe, CMB (Conselho Mundial
de Boxe), AMB (Associação Mundial de Boxe), FIB
(Federação Internacional de Boxe) e OMB (Organização
Mundial de Boxe).
Ou seja, há o potencial para haver 68 campeões
mundiais (e nem levamos em conta entidades
realmente inexpressivas como a Associação Internacional
de Boxe, Organização Internacional de Boxe, Federação
Mundial de Boxe ou a União Mundial de Boxe, senão
esse número seria maior).
Em meio a toda essa confusão torna-se difícil
manter controle das estatísticas de cada campeão.
Outro fator que dificulta uma melhor compreensão do esporte
por parte do grande público é que ou os combates
importantes são transmitidos pela TV paga ou, em alguns
casos, nem isso.
Os dois combates de Lewis este ano foram exibidos via pay-per-
view e a apresentação reunindo Evander Holyfield
e John Ruiz pelo título vago da AMB (Associação
Mundial de Boxe) nem passou no Brasil (e o descaso não
pára por aí, até o fechamento desta coluna
era possível que nenhuma TV exibisse a luta de amanhã).
Os mais prováveis candidatos a enfrentar Acelino Freitas,
o Popó, dia 16 de dezembro, em Sheffield, na Inglaterra,
são o dominicano ex-campeão dos supergalos (duas
categorias abaixo à de Popó) Hector Acero-Sanchez
e o ganês Justin Juuko, que perdeu disputas de títulos
para Floyd Mayweather e, mais recentemente, Diego Corrales (nesse
caso, apenas o cinturão da inexpressiva Associação
Internacional estava em jogo).
O brasileiro, aliás, causou boa impressão no exterior.
Jason Oberlander, da Showtime, informou esta coluna que a rede
norteamericana que vem transmitindo as lutas do baiano quer
reuní-lo com os campeões Holyfield, Tyson, David
Tua, Zab Judah, Joel Casamayor e Johnny Tapia.
NOTAS
Brasil 1
O invicto peso-leve Edson do Nascimento, o Xuxa, que no meio
do ano assinou contrato com o polêmico norte americano
promotor de lutas Don King, está de volta ao Brasil após
ter abandonado, pela segunda vez, o treinador mexicano Romulo
Quirarte. Até a próxima semana, o nome de seu
novo técnico, possivelmente o veterano norte-americano
Al Bonani, deve ser anunciado. De todo modo, Xuxa deve muito
em breve seguir novamente para os EUA para retomar as atividades
no novo centro de treinamentos da Don King Productions construído
nas proximidades de Miami.
Brasil 2
Marco Duarte disputa o título latino dos meio-pesados
da OMB (Organização Mundial de Boxe) contra o
espanhol Alejandro Lakatus, no próximo dia 17.
E-mail: eohata@folhasp.com.br
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