Você
fala muito na falta de infra-estrutura no tênis brasileiro.
Posso saber o que os outros países têm que o
nosso não tem?
Eric
Brigatto (São Bernardo do Campo, SP)
Bem,
Eric, acho que eu precisaria de umas 20 colunas para responder
completamente, mas existem algumas coisas básicas:
apoio aos atletas juvenis com a formação de
equipes que viajam pelo mundo ganhando a experiência
necessária para entrar sem traumas no circuito profissional
(prática constante nos EUA, na Austrália e outras
potências); ensino de tênis nas escolas (superdesenvolvido
na Alemanha; Tommy Haas e Nicolas Kiefer começaram
na escola); adoção de um método comprovado
de tênis adaptado para crianças pequenas (metodologia
consagrada na Suécia e agora difundida em vários
países); quadras públicas (a Austrália
é campeão nesse quesito); e por aí vai.
Ou seja, o Brasil ainda não tem muito a mostrar, não?
Meu
pai disse que Thomaz Koch foi um tenista tão bom quanto
Guga e também brilhou na Copa Davis. É verdade?
Soraya Sanches Marchezini (Sâo Paulo, SP)
Koch
foi um tenista excepcional, Soraya, mas Kuerten já
o superou. Koch nunca conseguiu um título de Grand
Slam, façanha maior de Kuerten. É impossível
uma comparação no ranking, já que a melhor
fase de Koch aconteceu antes da implantação
do ranking da ATP, em 1973. Na virada dos anos 60 para os
70, o brasileiro era respeitadíssimo e, sem dúvida,
figurava entre os top 20 ou, talvez, top
10. E Koch sempre se deu bem na Davis, era um desses
tenistas talhados para o evento. Ele e Edson Mandarino levaram
o Brasil por duas vezes às semifinais.
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