Qual
a vantagem que o jogador tem batendo o backhand com as duas
mãos, como o Kafelnikov?
Sávio Porto (Rio de Janeiro, RJ)
O backhand com as duas mãos é um golpe
defensivo?
Paulo Penna Garcia (São Paulo, SP)
A
grande vantagem, se é possível classificar
dessa forma, seria a comodidade. O jogador deve procurar a
maneira mais confortável para bater na bola.
O sueco Bjorn Borg, lenda viva que popularizou o golpe com
as duas mãos nos anos 70 e um jogador totalmente contrário
aos manuais ortodoxos do tênis, dizia que o importante
é passar a bolinha para o outro lado da rede, o resto
é só conversa.
Muitos jogadores começam a jogar muito cedo, com menos
de 10 anos, e usam as duas mãos para dar força
ao backhand. Quando crescem, já estão tão
habituados ao movimento que continuam jogando assim.
Teoricamente, usar as duas mãos dá mais força
e controle ao golpe. Assim, fica difícil dizer que
é um golpe defensivo, Paulo.
A maior dificuldade na execução da batida é
estar sempre bem junto à bola. Batendo com as duas
mãos, a raquete fica mais próxima do corpo,
e exige uma deslocação rápida do tenista.
É comum ver um jogador que adota o golpe largar a segunda
mão e executar o backhand convencional quando não
tem tempo de chegar no tempo certo da batida. E, importante,
vale lembrar que o giro de tronco é essencial para
a boa execução do golpe.
Uma desvantagem desses jogadores seria a dificuldade maior
na hora de esconder o golpe, ou seja, fingir que
vai cruzar e bater na paralela, ou vice-versa. Kafelnikov,
por exemplo, é um dos poucos a fazer isso com extrema
eficiência, e muito de seu ótimo desempenho vem
daí.
E-mail: thalesmenezes@uol.com.br
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