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Quarta-feira, 7 de junho de 2000

O COLUNISTA RESPONDE

Thales de Menezes
     


“Qual a vantagem que o jogador tem batendo o backhand com as duas mãos, como o Kafelnikov?”
Sávio Porto (Rio de Janeiro, RJ)

“O backhand com as duas mãos é um golpe defensivo?”
Paulo Penna Garcia (São Paulo, SP)

A grande “vantagem”, se é possível classificar dessa forma, seria a comodidade. O jogador deve procurar a maneira mais confortável para bater na bola.

O sueco Bjorn Borg, lenda viva que popularizou o golpe com as duas mãos nos anos 70 e um jogador totalmente contrário aos manuais ortodoxos do tênis, dizia que “o importante é passar a bolinha para o outro lado da rede, o resto é só conversa”.

Muitos jogadores começam a jogar muito cedo, com menos de 10 anos, e usam as duas mãos para dar força ao backhand. Quando crescem, já estão tão habituados ao movimento que continuam jogando assim.

Teoricamente, usar as duas mãos dá mais força e controle ao golpe. Assim, fica difícil dizer que é um golpe defensivo, Paulo.

A maior dificuldade na execução da batida é estar sempre bem junto à bola. Batendo com as duas mãos, a raquete fica mais próxima do corpo, e exige uma deslocação rápida do tenista.

É comum ver um jogador que adota o golpe largar a segunda mão e executar o backhand convencional quando não tem tempo de chegar no tempo certo da batida. E, importante, vale lembrar que o giro de tronco é essencial para a boa execução do golpe.

Uma desvantagem desses jogadores seria a dificuldade maior na hora de “esconder o golpe”, ou seja, fingir que vai cruzar e bater na paralela, ou vice-versa. Kafelnikov, por exemplo, é um dos poucos a fazer isso com extrema eficiência, e muito de seu ótimo desempenho vem daí.





E-mail: thalesmenezes@uol.com.br



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