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Segunda-Feira, 18 de setembro de 2000

A COLUNISTA RESPONDE

Cida Santos
     


"Quatro anos depois dos Jogos de 96, depois do fracasso na praia, você quer me convencer que Tande e Giovane vão ajudar alguma coisa na seleção? No último jogo contra Cuba, na Copa América, Tande era o pior passe na quadra e você vem me dizer que ele fez falta no último set. Esses dois não têm mais vôlei internacional e vão atrapalhar em Sydney porque só querem alavancar a imagem. Para isso contam com o patrocínio da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), a fraqueza do Radamés, o silêncio dos outros jogadores que fingem que o Tande é líder. Será que a função dos repórteres e comentaristas não seria denunciar a palhaçada e não colaborar com ela? O que você está fazendo é ajudar a queimar toda uma geração de jogadores, que não ganha porque o técnico não sabe usar os atletas e não sabe conduzir o time em jogos decisivos".
(Ana João).

Acho que vale relembrar alguns fatos. Desde quando o técnico Radamés Lattari assumiu a seleção, o Brasil não conseguiu nenhum grande resultado. O objetivo dele era formar um time, com a nova geração, para os Jogos de Sydney. Desse trabalho, jogadores como Gustavo, André, Giba e Dante ganharam lugar na seleção. Nalbert, que tinha um passado como reserva, passou a titular. Concordo quando você diz que Lattari não sabe explorar todo o potencial que os atletas têm e que nos momentos decisivos praticamente não mexe no time. Também acho que ele deixou de testar jogadores importantes como Lilico e Gílson.

Então, existe aí um problema independente da presença de Tande e Giovane. Quanto aos dois, claro que há uma questão ética: só voltaram porque não conseguiram se classificar para o torneio de vôlei de praia em Sydney e acabaram pegando os lugares de atletas que estavam trabalhando há mais tempo na seleção.

Agora não dá para negar: eles são grandes jogadores. Mais: se tudo estivesse bem, não teriam lugar na seleção. Ainda sou partidária da seguinte tese: se a presença deles é discutível, sem eles, a participação brasileira seria pior em Sydney. Com os dois, e principalmente com Tande, o time ganha em técnica e habilidade. E do jeito que o vôlei brasileiro anda, o mais importante agora é lutar por uma medalha para ver se esse esporte ganha novo impulso no país.


"Gostaria de saber se o atacante Gílson vai jogar novamente no Japão na próxima temporada?"
( Eliane Oliveira Santos)

Gílson assinou contrato para jogar mais duas temporadas no Suntory, clube japonês. Ele embarca em novembro e vai disputar o Campeonato do Japão até março. Depois desse período, voltará para reforçar a Ulbra na fase decisiva da Superliga Nacional.

Atualmente, Gílson está também jogando o Campeonato Paulista pela Ulbra, que se associou ao Santos Futebol Clube.



E-mail: cidasan@uol.com.br


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