INFORME PUBLICITÁRIO | segunda-feira, 16 de junho de 2003 |
A revolução de Henry FordFundador da empresa criou a produção em série e marcou a indústria
Além de carros, Henry Ford fez escola e revolucionou a produção industrial no planeta. A visão empreendedora do norte-americano, nascido no estado de Michigang, em 1863, de fabricação em série, em larga escala e que assegurasse preços acessíveis aos consumidores, garantiu a ele lugar em capítulos de todos os livros de administração e o nome de um modelo produtivo: o Fordismo. Na eleição realizada pela revista Time para a escolha das 100 maiores personalidades do século XX, Henry Ford ocupa uma das 20 posições destinadas à categoria Builders & Titans (Construtores & Titãs) e, em trecho da matéria dedicada a ele, escrita pelo ex-presidente da Ford, Lee Iacocca, descreve-se: "Produziu carros acessíveis, pagou altos salários e ajudou a criar a classe média. Nada mau para um autocrata". Sua fórmula baseou-se especialmente naquilo que Taylor, o pai da administração científica, preconizava: dividir as funções, numa fábrica, em dois níveis, o do planejamento e o da execução. Ford cercou-se dos melhores profissionais para planejar sua indústria e administrá-la e, nas fábricas, promoveu a segmentação máxima do trabalho. Foi baseando-se nessa proposta que a Ford passou do status de uma pequena empresa, construída por Henry e outros 11 empreendedores, em 1903, com um capital inicial de US$ 28 mil, para a posição de segunda maior companhia de automóveis do planeta, detentora das marcas Jaguar, Mazda, Volvo, Land Rover, Aston Martin, Mercury e Lincoln, um século mais tarde. O que Henry Ford fez de revolucionário foi aplicar, em sua empresa, conceitos que a levaram a excelentes índices de eficiência. Essa estratégia tinha um objetivo, divulgado já nas primeiras propagandas: "Construir e comercializar um automóvel especialmente projetado para o uso e abuso de todos os dias - nos negócios, na área profissional, na família (...). Uma máquina que será admirada tanto pelos homens como pelas mulheres e pelas crianças, por ser compacta, simples, segura e por sua conveniência para tudo (...). E por seu preço excepcionalmente razoável, que a coloca ao alcance de milhares que não poderiam sequer pensar nos preços comparativamente fabulosos da maioria das máquinas". PopularConta a lenda que foi em uma embaladora de carnes, vendo o produto passar por uma esteira rolante, que Ford teve a inspiração para adotar a fabricação em série. Os princípios dessa inovação eram a máxima produção dentro de um período determinado, a intensificação, o aumento da velocidade rotatória do capital circulante, visando à pouca imobilização dele e rápida recuperação do investimento, e a economia, que diz respeito a reduzir ao mínimo o total de matéria-prima em estoque. Promover as mudanças não foi fácil. A transformação incluiu a introdução de uma cultura entre os trabalhadores, que passaram a exercer funções específicas e repetitivas nas linhas de montagem. Antes, vários funcionários trabalhavam conjuntamente para fabricar um veículo inteiro. Com o novo modelo, o processo passava a ser segmentado, com uma produção em massa, em série e em cadeia contínua. Muitos abandonaram a Ford assim que as linhas de produção começaram a funcionar, em 1913, em razão da alta produtividade e repetição de tarefas. Para evitar a evasão da mão-de-obra, Henry Ford inovou mais uma vez: aumentou o salário dos trabalhadores para US$ 5 por hora, o dobro do que se pagava na época, e reduziu a jornada de trabalho, de nove horas diárias, para oito horas/dia. A lógica de Ford era a seguinte: pouco importa se tinha de baixar o preço dos carros ou aumentar os salários dos funcionários, desde que a atividades continuassem dando lucros. Além disso, ao aumentar os salários, ele alcançava outros dois objetivos: a motivação de seus empregados e a criação de uma massa de consumidores, já que, para que ocorra o consumo é preciso que exista gente com dinheiro no bolso. Daí dizer-se que Ford teve participação na criação da classe média. O modelo T - os antecessores tiveram como nome as letras de A a S -, lançado em 1908, chegou ao mercado a um preço de US$ 850. Foi o único fabricado pela empresa durante 19 anos e seria comercializado, anos depois, por apenas US$ 269 dólares. Em 1927, quando o Ford T deixou de ser produzido, 15 milhões de unidades tinham sido vendidas, nada menos do que 50% do total comercializado no mundo. SaltoEm 1909, a Ford produziu 14 mil automóveis em um ano. Em 1914, o número saltou para 240 mil, uma conseqüência direta da implantação da linha em série. Já naquele ano, com a primeira esteira de montagem, produzia-se um automóvel a cada 84 minutos. A partir daí, a linha de veículos foi se diversificando, até a empresa se transformar no grande conglomerado multinacional que é hoje. No mundo, o Fordismo expandiu-se no pós-guerra e foi o modelo que impulsionou a produção em diversos países. As linhas de montagem foram surgindo em vários segmentos, principalmente nos de bens duráveis, e criou-se o mercado consumidor. A partir do seu estilo de produzir, que massificou a utilização de automóveis, a Ford impulsionou outros segmentos, como o de rodovias, postos de gasolina e pneus. EvoluçãoO modelo adotado por Ford passou por evoluções, resultantes do desenvolvimento tecnológico e das transformações nas relações econômicas e sociais, que alteraram também as demandas. A partir da década de 1970, iniciou-se uma revisão da doutrina de Ford, o chamado pós-fordismo. Como características, esse novo modelo adotou a flexibilização nas relações de trabalho e de consumo, passando-se à conquista de mercados externos, à expansão de atividades para outros continentes e o "just in time", que determina que as empresas devem produzir de forma rápida, eficiente, enxuta e somente para atender demandas, sem a menutenção de grandes estoques. Ainda assim, grandes mudanças introduzidas por Ford permanecem nas fábricas, como a segmentação do trabalho. "Com sua filosofia de produção em massa, preços baixos, altos salários e organização eficiente do trabalho, Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente individual que a história conhece", definiu o professor Reinaldo O. da Silva, em seu livro Teorias da Administração. Ford, certa vez, revelou: "O segredo do meu sucesso está no fato de pagar como se fosse perdulário e comprar como se estivesse quebrando." |
Sempre surpreendendo você A revolução de Henry Ford Uma família de empreendedores O pioneirismo no Brasil Por todo o mundo, com várias marcas Veículos de luxo Sinônimo de segurança Imortalizada no cinema Para a vida Sintonia com o cliente Um veículo para cada aventura Agilidade e beleza Ousadia nas campanhas Agilidade nas compras pela Internet Site superpremiado Crédito sob medida aos clientes Socialmente responsável Presentes de aniversário Foco na questão ambiental Sucessos que marcaram época |