INFORME PUBLICITÁRIO quinta-feira, 01 de julho de 2004
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Necessidades definem a compra

Consumidor deve estabelecer critérios para decidir por analógicas ou digitais

Tanto fotógrafos profissionais como amadores devem estudar vantagens e desvantagens antes da compra

Comprar uma máquina digital ou uma analógica? A resposta à pergunta feita por muitos consumidores deve começar a ser dada por eles mesmos. Considerar com que objetivo vai usar o equipamento e, é claro, que investimento está disposto a fazer, devem ser os primeiros passos para quem vai adquirir uma máquina fotográfica.

Segundo o gerente do departamento de Marketing da Fujifilm, Flávio Takeda, uma pesquisa realizada pela empresa há alguns anos revelou que o primeiro interesse de quem tira fotografias é armazenar o material. Nesse sentido, as analógicas não deixam nada a desejar em relação às digitais e podem até ser vantajosas. "Um negativo bem conservado pode durar até 100 anos", afirma Takeda. Já as fotos digitais são menos "presentes" e por isso, podem ser mais vulneráveis. Uma pane no computador, por exemplo, pode fazer com que o material se perca. Por isso, um gravador de CD é um recurso interessante para quem opta pelas câmeras digitais.

O bolso também pesa na hora de decidir. Apesar do avanço das digitais, boas máquinas analógicas chegam a ser duas vezes mais baratas. "Em compensação, com uma máquina digital você não tem gastos com filme e pode ou não revelar as fotos", argumenta o fotógrafo Eduardo de Sousa. Outro fator a ser considerado é a necessidade de tirar muitas fotos ou não. Comprar um filme fotográfico é muito mais fácil --e barato-- do que adquirir um cartão de memória, caso o fotógrafo faça uma viagem em que não terá acesso ao computador.

O consumidor deve, ainda, avaliar sua capacidade de dedicação à máquina. Os equipamentos digitais são mais sensíveis do que os analógicos. Tanto que o índice de reparos deles é mais elevado. "Se o consumidor sabe que não vai dispensar muito cuidado ao manusear a máquina, as analógicas podem ser uma melhor opção", afirma Takeda.

No que se refere à revelação dos filmes, as digitais estão deixando de apresentar o que até então vinha sendo uma desvantagem. Lojas que fazem a revelação a partir dos arquivos digitais estão se pulverizando pelo Brasil e o preço está se nivelando ao da revelação tradicional. "Ainda está um pouco mais alto, mas é preciso considerar que não houve gastos com filme", diz Eduardo. Além disso, pode ser até mais prática. Algumas empresas já possibilitam aos clientes enviarem as fotos a serem impressas por e-mail e receberem de volta no seu endereço.

Dan Rabinovitz, gerente de Produtos da Fotoptica, diz que as digitais têm ainda a vantagem de permitir avaliar o resultado da foto na hora --nas câmeras com display de cristal líquido-- e eliminar as indesejadas, abrindo espaço para novos cliques. Ele aponta também os diferenciais de possibilitarem compartilhar as imagens com facilidade --podem ser enviadas por e-mail-- e de tratá-las no computador.

Entre as desvantagens, ele aponta a da resolução. Se a câmera tiver baixa definição, não será possível imprimir e ampliar a fotografia com qualidade. Isso não é problema no caso das analógicas.

Profissionais

No mercado de fotógrafos profissionais, as máquinas digitais se difundiram rapidamente. "Nas redações de jornais e revistas, por exemplo, elas já são maioria", diz Takeda. O fotógrafo Eduardo de Sousa foi um dos que logo aderiram à nova tecnologia. "Os motivos foram vários, como a exigência do mercado, a qualidade dos equipamentos --que possibilitam fotos com uma qualidade semelhante a das obtidas com as analógicas-- e a agilidade que elas conferem, por exemplo, ao fotojornalismo", explica Sousa.

O fotógrafo Guilherme Bessa --que utiliza máquinas analógicas e digitais-- concorda que o mercado está exigindo cada vez mais os novos equipamentos, mas diz que não basta ter uma boa máquina. "É preciso também ter um bom computador, programas adequados para tratar as fotos e, é claro, conhecimento para trabalhar as fotografias digitais", diz.