Reviva sua viagem

Para fotografar as férias é preciso assegurar a integridade das câmeras

Turismo e fotografia são praticamente inseparáveis. Afinal, visualizar as fotos de uma viagem, das paisagens visitadas e dos familiares ou amigos que participaram dela faz com que as pessoas revivam um pouco os momentos agradáveis do passeio. Não à toa, os meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro --quando, segundo a Embratur, é maior a demanda por viagens aéreas domésticas --são justamente os períodos em que a venda de filmes fotográficos apresenta um crescimento médio de 50%, de acordo com estimativas da Fujifilm.

Para assegurar o prazer de fotografar as férias --e de revivê-las depois da volta para casa--, é necessário, no entanto, tomar uma série de cuidados com as câmeras fotográficas. Para transportá-las em segurança, a melhor opção são as bolsas acolchoadas e impermeáveis. Durante a permanência em hotéis, o mais adequado é guardá-las em armários ou gavetas ou até mesmo no cofre, especialmente se o equipamento for mais sofisticado.

O gerente do departamento de Marketing da Fujifilm, Flávio Takeda, afirma que, sejam analógicas ou digitais, as câmeras devem receber os mesmos cuidados mecânicos. O primeiro deles é não expor o equipamento ao sol, pois, se esquentarem acima de 40 graus, os filmes, feitos à base de prata, são danificados. No caso das câmeras digitais, tanto essa temperatura elevada como as excessivamente baixas (menos de 20 graus negativos) fazem com que o display de cristal líquido deixe de funcionar.

Outro importante cuidado é evitar choques, inclusive os mais sutis. Segundo Takeda, 50% dos equipamentos encaminhados para reparos têm o bloco ótico --responsável pelo foco e pelo zoom da lente-- destruído. É que, por incluir peças muito pequenas e delicadas, ele se rompe à menor batida da lente, em uma quina de mesa, por exemplo.

Mudanças bruscar de temperatura são um dos fatores que comprometem a qualidade das fotos

Sujeira e condensação de vapor na lente também prejudicam os equipamentos. Takeda explica que muitas fotos têm sua qualidade comprometida quando a câmera passa por mudanças bruscas de temperatura. Se o turista fotografa um local com neve, por exemplo, e, em seguida, entra no hotel aquecido e continua fotografando, o fog que se forma na lente compromete as fotografias. O ideal, nesse caso, é aguardar ao menos duas horas até a lente se adaptar à nova temperatura. Quanto à sujeira, a maior inimiga das câmeras é a areia das praias. Por isso, o mais indicado é envolvê-las em plástico e não deixá-las expostas sobre a esteira.

Além desses cuidados mecânicos, o executivo da Fujifilm aponta outros, mais específicos. No caso de câmeras analógicas, ter os filmes sempre à mão, revelá-los no máximo 45 dias depois de sensibilizados e guardá-los em locais arejados e iluminados. Se a câmera for digital, é recomendável, antes de viajar com ela, fazer uma estimativa da quantidade de fotos que se pretende bater e checar se é compatível com a capacidade do equipamento. Outra dica de Takeda é evitar o uso excessivo do display de cristal líquido, pois ele é responsável por 80% do consumo de energia da câmera. O mais adequado, portanto, é usar o visor.

Não queime seu filme

Os aparelhos de Raios X --instalados em aeroportos, por exemplo-- são inimigos dos filmes fotográficos.

Em roteiros turísticos longos, em que o passageiro ingressa em diferentes países, e, portanto, expõe sua bagagem várias vezes aos raios, os rolos de filmes acumulados na mala podem ser danificados, especialmente se tiverem sensibilidade alta (acima de ISO 800). Por isso, a Fujifilm recomenda que os rolos sejam guardados em embalagem hermeticamente fechada, longe da umidade e do calor.