Reuters
16/01/2002 - 14h59

Tailândia reduz impostos para atrair cineastas estrangeiros

da Reuters

Numa tentativa de convencer mais cineastas a rodar filmes em seu país, a Tailândia decidiu ontem reduzir o imposto de renda cobrado sobre os ganhos dos atores estrangeiros.

O chefe da Receita tailandesa, Suparat Kawakul, disse a jornalistas que uma reunião semanal do gabinete aprovou uma proposta de reduzir o imposto de renda sobre os ganhos dos atores estrangeiros para uma alíquota única de 10%, abandonando a alíquota progressiva hoje adotada, que vai de 5% a 30%.

Ele disse que o imposto reduzido será calculado em cima dos ganhos brutos dos atores, sem contabilizar as despesas dedutíveis.

O ministro Somsak Thepsuthin, do gabinete do primeiro-ministro tailandês, já tinha anunciado na semana passada que a redução estava sendo estudada, depois das queixas registradas por vários diretores de Hollywood em 2001.

"Atores que recebem mais de 100 milhões de bahts (US$ 2,28 milhões) por filme se negavam a vir filmar em nosso país, devido ao imposto alto. Eles preferiam filmar nos países vizinhos'', disse Somsak.

Um dos últimos grandes filmes de Hollywood rodado na Tailândia foi "A Praia'', com Leonardo DiCaprio, que conta a história de um grupo de mochileiros ocidentais que parte em busca de um paraíso tropical. O filme da Twentieth Century Fox foi gravado alguns anos atrás, a maior parte dele numa ilha tropical isolada no sul da Tailândia.

Outros filmes de Hollywood feitos no país incluem "A Ilha da Garganta Cortada", de 1995, e "007 - O Amanhã Nunca Morre", de 1997.

Somsak disse que, em 2001, a Tailândia arrecadou cerca de 1,27 bilhões de bahts em impostos sobre a produção de 435 filmes estrangeiros. Em 2000, essa cifra tinha sido bem menor: 553 milhões de bahts. Segundo ele, a previsão é que essa receita supere a marca dos 2 bilhões de bahts em 2002.
 

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