Reuters
30/01/2002 - 15h09

Irã, Iraque e Coréia do Norte rejeitam acusações de Bush

da Reuters, em Londres

O Irã, o Iraque e a Coréia do Norte rejeitaram hoje a acusação feita pelo presidente norte-americano, George W. Bush, de que eles formam um "eixo do mal" no desenvolvimento de armas de destruição em massa.

O Irã disse que as declarações de Bush revelavam um desejo dos Estados Unidos de conquistar a hegemonia do mundo. O Iraque sugeriu que as palavras do dirigente preparavam um ataque contra o país. A Coréia do Norte interpretou-as como uma prova de uma "política de agressão".

Em seu primeiro discurso sobre o Estado da União, Bush prometeu ontem deter "terroristas e governos que busquem armas químicas, biológicas ou nucleares para ameaçar os EUA e o mundo" e citou o Irã, o Iraque e a Coréia do Norte.

"O mundo não aceitará a hegemonia norte-americana", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã, Kamal Kharrazi. "O presidente norte-americano faria melhor se sustentasse suas acusações com provas em vez de repetir ataques antigos e infundados."

Em Bagdá, um importante parlamentar afirmou que Bush preparava o terreno para um outro ataque norte-americano contra o Iraque, cujas forças foram expulsas do Kuwait em 1991 por uma coalizão liderada pelo pai do atual presidente dos EUA.

"As acusações do pequeno Bush são infundadas", afirmou Salim Al Qubaisi, chefe de uma comissão parlamentar.

Os meios de comunicação oficiais da Coréia do Norte ridicularizaram Bush por ter identificado o país como uma ameaça.

"A propalada 'ameaça' vinda da DPRK (República Democrática do Povo da Coréia, nome oficial do país) é um sofisma que pretende justificar a presença militar dos EUA na Coréia do Sul e a prática constante de uma política de agressão contra a DPRK", afirmou um comentário divulgado pela agência de noticiais oficial do país.

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