Reuters
14/02/2002 - 14h39

Negócio entre Micron e Hynix ainda é incerto

da Reuters, em Seul (Coréia do Sul)

A Micron Technology concordou em pagar cerca de US$ 4 bilhões por operações da coreana Hynix Semiconductor, mas outras questões ainda precisam ser resolvidas antes que seja criada a maior empresa de chips de memória do mundo.

A Micron está interessada em comprar a unidade de chips de memórias da rival, o que colocaria a companhia à frente da Samsung Electronics, atual líder de mercado. Os componentes são usados principalmente em computadores.

"Há 50% de chance do negócio ser fechado", disse o presidente da Hynix, Park Chong-sup. "Tanto a Micron como os credores (da Hynix) querem que o negócio seja assinado o mais rápido possível", acrescentou.

Park voltou dos Estados Unidos na quarta-feira, onde esteve negociando com o presidente da Micron, Steve Appleton.

Ao mesmo tempo, a fabricante alemã de chips Infineon Technologies, que recentemente iniciou negociações com a Hynix, reiterou que não está interessada na compra das operações de chips de memória da empresa coreana, depois que as conversas entre ambas as companhias para um acordo falharam.

Uma preocupação da Micron em relação ao negócio com a Hynix refere-se ao percentual da dívida da coreana que estaria atrelada às atividades não-relacionadas à unidade de chips de memória. No total, a Hynix tem um débito de US$ 6,59 bilhões.

Se o negócio entre as empresas for fechado, a Micron passará a deter também 20% de participação nas operações da coreana fora da área de chips de memória.

"Nós acertamos o preço em cerca de US$ 4 bilhões e estamos perto de uma conclusão", disse um porta-voz da Hynix. "Mas ainda precisamos do consentimento dos credores e do quadro de diretores", acrescentou.

Analistas disseram que os credores podem precisar cancelar parte das dívidas ou injetar capital para garantir à Hynix a capacidade de se reestruturar como uma empresa especializada em chips fora do setor de memória.

A mídia coreana disse que um acordo com a Micron levaria de um a dois meses para ser fechado e que ainda há diferenças entre as empresas com relação à divisão não-relacionada a chips de memória e preocupações trabalhistas.

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