Reuters
21/02/2002 - 20h58

"Glitter" leva ao cinema o fracasso de Mariah Carey

da Reuters, em Hollywood

"Glitter", estrelado por Mariah Carey, poderia muito bem se chamar "Uma Estrela Maçante". O filme, que chega aos cinemas nesta sexta-feira, faz a cantora afundar num pântano açucarado de má interpretação.

Todos os impecilhos que levaram o filme a ter sua estréia adiada diversas vezes nos Estados Unidos -- a crise nervosa de Mariah Carey, por exemplo - são apenas pormenores. O filme em si é um tremendo problema.

É provável que a estréia atraia os fãs brasileiros da cantora, que amargou não apenas a péssima crítica de "Glitter", mas mais recentemente o cancelamento de seu contrato com a Virgin Music. Enquanto sua personagem, Billie Frank, ascende para a fama, a interpretação de Mariah Carey é um fiasco.

Um prelúdio mostra Billie ainda criança, representada pela atriz Isabel Gomes, e sua mãe, Lillian (Valarie Pettiford), uma cantora que luta para fazer sucesso. Uma tragédia leva Lillian a colocar Billie num lar adotivo.

A história avança para 1983, quando Billie, já adulta e sexy, é vista dançando com suas colegas Louise (Da Brat) e Roxanne (Tia Texada) no que parece ser uma réplica do Studio 54.

Um encontro casual com o DJ Julian Dice (Max Beesley) garante a Billie sua primeira grande chance na vida. Julian não perde tempo e grava uma fita demo com Billie cantando.

Ele consegue colocar a fita nas mãos dos representantes da CMZ Records, Guy (Dorian Harewood) e Jack (Grant Nickalls), que imediatamente a contratam. Dali em diante, é uma onda contínua de sessões de gravação.

Mais da metade de "Glitter" trata dos passos necessários para subir a escada do sucesso. Como se não bastasse um personagem central tão passivo, Mariah Carey, uma estrela pop que só precisa representar uma estrela pop, parece não saber como dar vida a seu personagem. Parece que nada é capaz de levar Carey a infundir qualquer emoção a cena alguma.

 

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