Reuters
12/04/2002 - 19h54

Grupo do Rio condena ruptura da ordem democrática na Venezuela

da Reuters, em San José

Os presidentes do Grupo do Rio condenaram hoje o que chamaram de ruptura da ordem democrática na Venezuela, após manifestações violentas terem forçado a renúncia do presidente Hugo Chávez, e pediram eleições livres no país.

Os representantes dos 19 países latino-americanos, reunidos em San José, "condenam a interrupção da ordem constitucional na Venezuela, gerada por um processo de polarização crescente", disse o presidente da Costa Rica, Miguel Angel Rodríguez.

O bloco regional pediu "a normalização da institucionalidade democrática determinada pela Carta Democrática Interamericana e passos necessários para a realização de eleições claras e transparentes, em consonância com os mecanismos previstos pela Constituição venezuelana".

Rodríguez também solicitou ao secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), César Gaviria, a convocação de uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA, "para realizar uma análise coletiva da situação e adotar as decisões que julgue conveniente", disse Rodríguez.

O Grupo do Rio, fórum político da América Latina e do Caribe criado no Rio em 1986, reúne hoje 20 países.

O presidente da Costa Rica estava acompanhado dos presidentes do Chile, Ricardo Lagos, e Peru, Alejandro Toledo, mas todos se esquivaram de responder aos jornalistas se pensavam que o ocorrido na Venezuela havia sido um golpe de Estado.

Minutos depois, o presidente mexicano, Vicente Fox, disse que sua administração "se privará de reconhecer ou não o novo governo da Venezuela e se limitará a continuar as relações diplomáticas com tal governo".

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