Reuters
17/05/2002 - 19h51

Senado dos EUA aprova expansão da Otan no leste europeu

da Reuters, em Washington

O Senado dos EUA aprovou hoje por ampla maioria a expansão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e autorizou ajuda militar de US$ 55,5 bilhões a sete países candidatos do leste e do centro da Europa.

A votação foi simbólica, pois o dinheiro foi garantido em legislação anterior, disse o presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, Joseph Biden.

"Nesse caso o simbolismo importa", disse Biden, porque a ação envia uma importante mensagem para os países sobre a "política de portas abertas" da Otan.

"A expansão da Otan aumenta significativamente o processo de mudança da zona de estabilidade em direção ao leste europeu, portanto apressando o dia em que o continente será livre como um todo", disse.

A Otan deverá admitir pelo menos um país em seu próximo encontro, daqui a seis meses. A aliança militar ocidental é formada atualmente por 19 membros.

O dinheiro, aprovado por 85 votos a 6, será dividido entre Estônia, Lituânia, Letônia, Eslováquia, Eslovênia, Bulgária e Romênia. Servirá para ajudar os países a cumprirem os requisitos para a adesão.

Apesar da oposição da Rússia, a Otan está pressionando pela expansão em direção ao leste. Polônia, Hungria e República Tcheca aderiram em 1999.

O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, e o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, disseram em carta aos legisladores que a aprovação é um "avanço vital nos interesses dos EUA em fortalecer e aumentar a aliança" e reforça o "compromisso de nosso país de alcançar liberdade, paz e segurança na Europa."

Divergências
"Temos que ser os observadores da Otan, e convidar mais e mais países pode muito bem enfraquecer a aliança", disse John Warner, principal senador republicano no Comitê de Serviços Armados.

Warner disse que a linguagem da lei pode parecer um convite para os países aderirem.

Com a premissa de "um ataque contra um é um ataque contra todos", Warner acha que as forças norte-americanas podem ser colocadas em situação de repelir ataques ao lado de tropas não treinadas e equipadas adequadamente, "além de todos os problemas que temos para uniformizar os padrões da Otan."
 

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