Estudo mostra que urtiga é alternativa ambiental ao algodão
da Reuters, na InglaterraFama e fortuna podem estar ao alcance das mãos de quem tiver a coragem de apostar na urtiga, vista em alguns setores como alternativa ambientalmente recomendável ao algodão.
Depois de arrancadas suas folhas, sabidamente irritantes da pele, o que resta, segundo os pesquisadores, é uma fibra feita do caule que é forte, longa e perfeita para a fabricação de tecido. Na verdade, alguns tecidos feitos de urtiga já começaram a ser usados pelas casas de alta costura italianas.
"Podemos cultivar a urtiga na Grã-Bretanha, fiá-la e produzir roupas de qualidade com ela", disse o diretor de estratégia e desenvolvimento agrícolas no UK Central Science Laboratory, Melvyn Askew.
Não é de hoje que a urtiga é usada como fonte de fibras. Nas duas guerras mundiais ela foi usada para produzir tecido, além do linho e do cânhamo, e para aplicações culinárias como chás e sopas.
Um estudo europeu recente sobre a reintrodução da urtiga para a produção de fibras constatou que determinadas variedades crescem muito altas e, na maior parte, são resistentes a pragas e a ervas daninhas, de modo que não requerem muitos produtos químicos para serem cultivadas.
"Se você olha as alternativas, tais como o algodão, verá que este requer grande quantidade de pesticidas, uma quantidade enorme de água, e não pode ser cultivado na Grã-Bretanha. Já as urtigas são muito boas para as borboletas e para absorver o nitrogênio do solo", disse Askew.
Askew disse que a urtiga será cultivada a título experimental em algumas áreas da Grã-Bretanha este ano. "Os italianos já andam pesquisando o assunto -na realidade, recebemos amostras de tecido de urtiga recebido de uma maison italiana que as tingiu com tinturas naturais", explicou.
