Reuters
08/07/2002 - 15h53

Pianistas cubanos temperam Festival de Jazz de Montreal

da Reuters, em Montreal

Jesus "Chucho" Valdés e Gonzalo Rubalcaba, dois brilhantes pianistas cubanos que trilharam diferentes caminhos rumo ao estrelato, levaram sua música ao Festival Internacional de Jazz de Montreal na semana passada.

Nos shows, Rubalcaba, 39, tocou de forma introvertida e contida, enquanto Valdés, 60, teve uma atuação mais brincalhona e desinibida.

Os dois mestres estão entre os maiores pianistas do mundo. Rubalcaba saiu de Cuba há mais de uma década e Valdés ainda mora em sua terra natal.

Rubalcaba, que mora atualmente na Flórida depois de uma temporada na República Dominicana, ganhou um prêmio Grammy de melhor disco de jazz latino no ano passado. Abrindo a série "Invitation" (convite) do festival, o pianista tocou sozinho ou acompanhado por um baixista e dois saxofonistas.

Chucho Valdés nunca deixou sua nativa Havana, onde foi criado no meio musical: seu pai, Bebo Valdés (que desertou Cuba) era diretor musical do cassino Tropicana e trabalhou com lendas como Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan e Nat King Cole.

Aos 16 anos, Valdés formou seu primeiro trio de jazz. Em 1973, ao lado de Paquito D'Rivera, formou o Irakere, a lendária banda que revolucionou a música cubana, incorporando influências de rock, funk e música clássica.

Nas apresentações de Montreal, Valdés tocou piano solo, em duo com o pianista Kenny Barron, acompanhado de seu quarteto afro-cubano e de uma nova formação do Irakere.

O altíssimo e imponente Valdés pareceu encolher o piano ao tamanho de um acordeon. Tocando entusiasmado, sempre rindo, as interpretações brilhantes e criativas de Valdés arrancaram ovações da platéia.

 

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