Greenpeace faz protesto em alto-mar contra carga nuclear
da Reuters, em SydneyManifestantes do Greenpeace atiraram-se no mar hoje em frente a dois barcos carregados de lixo nuclear, perto da costa australiana, em uma tentativa de evitar o deslocamento do carregamento.
Essa é a primeira viagem marítima de uma carga atômica desde os atentados de 11 de setembro. Ambientalistas e vários governos afirmam que os dois navios são um alvo visado para um possível ataque terrorista.
Reuters |
Ativistas do Greenpeace protestam diante de barco carregado de lixo nuclear, perto da costa australiana |
A pequena frota do Greenpeace encontrou os dois cargueiros britânicos, ambos levemente armados, no amanhecer de hoje, nas águas internacionais do mar da Tasmânia. A bordo dos dois navios estão 225 quilos de plutônio enriquecido.
Com uma prancha de surfe, o senador australiano Ian Cohen se lançou ao mar, junto com outro ativista, apenas 400 metros à frente dos barcos, agitando um cartaz que dizia "Pacífico livre de [material] nuclear".
O senador considerou a sua ação como "uma vitória da diplomacia surfista australiana". Ele contou que os botes motorizados do Greenpeace passaram sete horas buscando os barcos durante a noite.
A empresa BNFL disse que a ação colocou em risco a vida de outras pessoas fora as dos militantes, e que por isso os autores deveriam ser processados. "Isso não dá nenhum crédito ao Greenpeace", declarou um porta-voz.
O governo da Austrália afirmou que a viagem é segura e que não há riscos a seu território, como dizem a oposição e os ambientalistas. Já a Nova Zelândia proibiu que os navios se aproximem a menos de 200 milhas do país e determinou que sua Força Aérea vigie o transporte.