Reuters
29/08/2002 - 17h17

Corpo da atriz María Félix é exumado quatro meses após a morte

da Reuters, na Cidade de México

A atriz mexicana María Félix, que morreu em abril, voltou a ser o centro das atenções quando autoridades da Cidade do México exumaram seu corpo, na quinta-feira, diante das dúvidas expressas por seus familiares quanto à causa de sua morte.

Em meio a um forte dispositivo de segurança instalado desde a madrugada da quinta-feira no Panteão Francês da capital mexicana, peritos exumaram os restos da atriz, conhecida como "La Doña" devido ao papel que representou no filme "Doña Bárbara". A suspeita é que ela possa ter sido envenenada.

Durante o procedimento, o cemitério ficou fechado para visitantes e foi vigiado por cem policiais.

Uma das estrelas da chamada época de ouro do cinema mexicano, María Félix morreu em 8 de abril deste ano, aos 88 anos, enquanto dormia em sua residência na capital mexicana, segundo informou seu médico, Enrique Peña.

Seu corpo foi velado no Palácio Nacional de Belas Artes, numa cerimônia maciça que teve a presença do presidente mexicano Vicente Fox, da elite cultural do país e de centenas de admiradores. Mas o féretro ficou fechado sempre, e não foi realizada uma autópsia.

O procurador Bernardo Bátiz disse a jornalistas que os resultados da autópsia da atriz serão conhecidos dentro de mais ou menos oito dias.

Benjamín Félix, irmão de María, foi quem pediu às autoridades que seu corpo fosse exumado, devido às suspeitas sobre as circunstâncias de sua morte.

Maria Félix, que costumava fazer comentários polêmicos sobre política e cultura, deixou quase todos os seus bens, inclusive imóveis e obras de arte valiosas, a seu assistente pessoal, Luis Martínez de Anda, 28.

Sua fama começou devido à sua beleza, que despertou a admiração de homens como o muralista Diego Rivera e o compositor Agustín Lara, com quem esteve casada.

A atriz atuou em 47 filmes e ficou conhecida em toda a América Latina, França, Espanha e Itália.
 

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