Reuters
29/08/2002 - 22h02

Serpro instala Linux no Recife e prevê economia de R$ 3,5 mi

da Reuters

O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), maior empresa de informática do governo federal, começou a implantar ferramentas Linux em parte dos computadores da regional do Recife. A companhia pretende expandir a experiência para todos os seus computadores e prevê economia de até R$ 3,5 milhões no próximo ano.

O Linux é um sistema operacional livre e de código-fonte aberto distribuído gratuitamente. O desenvolvimento do software é feito por milhares de programadores entusiastas da plataforma no mundo e qualquer pessoa pode fazer modificações em seus mecanismos, o que não acontece com sistemas fechados e proprietários como o Windows, da Microsoft.

"Queremos sair da obsolência forçada", afirmou o diretor de serviços do Serpro, José Henrique Portugal, explicando que muitas vezes fornecedores de sistemas fechados param de oferecer manutenção a versões antigas de seus produtos, obrigando a troca de máquinas antes do necessário.

Com o Linux instalado, os técnicos do Serpro poderão fazer as atualizações necessárias, aumentando a vida útil dos sistemas da empresa.

Segundo Henrique Portugal, a experiência no Recife, que levou quatro anos para ser desenvolvida, está numa primeira fase e envolve a substituição do pacote de softwares para escritório Microsoft Office 97 pelo conjunto OpenOffice.org em 162 dos 270 computadores da regional.

O OpenOffice é uma versão do pacote de escritórios StarOffice, da Sun Microsystems, também de licença livre.

Os custos do projeto no Recife, onde funciona o Centro de Especialização Unix/Linux do Serpro, foram bastante reduzidos.

"A equipe que desenvolveu era de quatro pessoas. Se gastamos R$ 1,5 milhão foi muito", afirmou Portugal.

O diretor explicou ainda que a economia de custos em licenças de atualização que a implantação do Linux deve gerar na empresa pode chegar a R$ 3,5 milhões.

A idéia é fazer com que pelo menos três quartos da empresa esteja usando Linux até o final deste ano. Ao todo, o Serpro tem 5.600 estações de trabalho no país.

Depois do Recife, a companhia vai estender o projeto para as regionais de Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, onde os governos estaduais têm incentivado bastante o uso de softwares livres.

"Estamos nisso há quatro anos e temos esperança de sucesso de 100%", disse o diretor de serviços da estatal. Segundo ele, a transição para o Linux será gradual para não impactar soluções desenvolvidas para clientes.

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