Reuters
19/10/2002 - 19h44

Morre aos 100 anos o fotógrafo mexicano Manuel Alvarez Bravo

da Reuters, na Cidade do México

O fotógrafo mexicano Manuel Alvarez Bravo morreu no sábado em sua casa na Cidade do México, aos 100 anos de idade, informaram autoridades culturais.

"O mestre faleceu de causas naturais em sua casa por volta das 6h50 (horário local)", disse um porta-voz do Instituto Nacional de Belas Artes (INBA).

Bravo, conhecido como "fotógrafo da identidade mexicana", iniciou sua longa carreira na década de 1920 e desde então construiu uma extensa coleção de fotografias em preto e branco das paisagens mexicanas considerada tanto modernista como surrealista.

Como parte das comemorações do centenário de seu nascimento, foram feitas várias exposições de seu trabalho este ano no México, Los Angeles e Paris, compostas por seus quadros artísticos, carregados de significados políticos ou filosóficos.

Alvarez Bravo começou a trabalhar como autodidata em fotografia na década de 1920, longe do contexto político que coloriu as obras de outros artistas contemporâneos, que logo tornaram-se seus amigos, como a fotógrafa italiana Tina Modotti, o pai do surrealismo francês André Breton e os muralistas mexicanos Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros, entre outros.

"Don Manuel", como era chamado por amigos e familiares, decidiu abandonar seu emprego no Ministério de Finanças mexicano para dedicar-se exclusivamente ao trabalho de fotógrafo por todo o país, depois de ganhar vários concursos.

As décadas de 1930 e 1940 foram as de maior atividade, nas quais ele produziu fotografias relacionadas a temas surrealistas como os sonhos e a morte.

Desta época se destaca a famosa foto erótica "Boa Reputação Dormindo", de 1939.
 

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