Reuters
22/11/2002 - 21h05

Internet funcionou bem durante ataques de 11 de setembro

da Reuters, em Washington (EUA)

Serviços de computação on-line entraram em pane em lugares variados como África do Sul e Romênia depois dos ataques de 11 de setembro contra Nova York, no ano passado, mas em geral a internet funcionou bem, disse um estudo de especialistas na quarta-feira (20).

Em um dia em que redes de telefone ficaram sobrecarregadas, e-mails e tráfego na Web fluíram bem, apesar do fato de que instalações vitais de internet em Manhattan terem entrado em colapso com os ataques, disse o Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos em um estudo.

"O fato é que a internet como um todo não foi significativamente afetada", disse o estudo, que foi realizado por um grupo de especialistas em informática em instituições educacionais ou empresas.

Sites que publicaram notícias sobre os ataques tiveram dificuldades com o excesso de visitas e médicos em alguns hospitais perderam acesso a informações de pacientes em computadores de bolso. Internautas ficaram a ver navios na África do Sul e Romênia por vários dias.

As autoridades norte-americanas estão preocupadas com os riscos de um ataque terrorista ou hacker na rede mundial de computadores, onde agora trafegam grandes volumes de transações mundiais.

Engenheiros de rede indicaram que o formato da internet --um rede feita por redes distintas-- permite que o trânsito de dados tome rotas alternativas para evitar congestionamentos e locais problemáticos.

O Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, que fez seu estudo abrangente baseando-se em muitas fontes, como registros de provedores e pesquisas de opinião pública, parece concordar com a afirmação.

A parte sul de Manhattan funciona como uma espécie de entroncamento para o tráfego da internet mundial, abrigando vários provedores de internet e cabos submarinos que ligam África e Europa.

Equipamentos nas torres gêmeas
Vários grandes provedores de internet, entre eles a WorldCom, Verizon e AT&T, tinham equipamentos dentro do World Trade Center que foram destruídos com o colapso das torres do complexo. Instalações adicionais próximas também foram afetadas quando um prédio da Verizon foi atingido pelos destroços em queda dos prédios.

Problemas adicionais também aconteceram horas mais tarde depois que geradores de energia a diesel ficaram sem combustível ou entupidos de pó dos destroços e deixaram no escuro muitas instalações elétricas da região.

Porém, engenheiros de companhias rivais conseguiram rapidamente reencaminhar o tráfego para outros locais, afirmou o relatório. Enquanto algumas grandes empresas de Wall Street ficaram sem internet, outras não tiveram problemas.

A África do Sul talvez tenha sido o país mais afetado pela queda das torres pois seus habitantes ficaram vários dias sem poderem navegar. O problema ocorreu porque o sistema de endereços do país foi derrubado. O banco de dados dos endereços de internet do país ficava em Manhattan, afirma o relatório.

No geral, o uso da internet foi um pouco menor durante 11 de setembro do ano passado pois as pessoas passaram o dia vendo a cobertura dos eventos pela televisão, afirmou o estudo.

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