Reuters
17/02/2003 - 15h36

Após prêmio em Berlim, "Amarelo Manga" quer passar no Recife

da Reuters, em Recife

O filme "Amarelo Manga", premiado no Festival de Berlim no último final de semana, pretende seguir sua carreira no Brasil concorrendo com seus compatriotas e fazer uma estréia em Recife no Teatro do Parque, uma sala de cinema caracterizada por oferecer preços populares.

O longa-metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis, ganhador do prêmio de melhor filme da Confederação Internacional dos Cinemas de Arte e Ensaio, em Berlim, deve participar do Festival de Cinema do Recife, que acontece em abril.

"Depois de retornar da Europa, Assis pretende disputar em Recife", informou uma assessora do diretor, descartando a possibilidade de uma exibição hors-concours no evento da capital pernambucana.

"Só se for para o filme concorrer", ela disse.

Segundo a assessora, o cineasta gostaria de ver sua película -ainda inédita no Recife- apresentada no Teatro do Parque, uma sala de espetáculos no centro da cidade caracterizada por oferecer uma programação a preços mais acessíveis. O longa tem um acordo de distribuição no país com a RioFilme.

"Amarelo Manga" não participou da competição da mostra oficial de Berlim e foi exibido no Fórum Internacional do Novo Cinema da Berlinale.

No Brasil, o filme conquistou os Candangos de melhor filme, melhor montagem (Paulo Sacramento), melhor ator (Chico Dias) e prêmio da crítica no último Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, no ano passado.

Na ocasião, em Brasília, Assis disse que o cinema brasileiro deve ser feito "com a cara da gente". Com esta proposta, o pernambucano de 43 anos e nascido em Caruaru (agreste do Estado) optou por filmar em "Amarelo Manga" a realidade cotidiana de uma metrópole, buscando o retrato de um nordeste sem glamour.

A história transcorre num único dia e se ambienta no submundo do Recife, com alternância de imagens documentais da cidade e o cotidiano de personagens atormentados que habitam o Texas Hotel.

Dunga (Matheus Nachtergaele) é uma espécie de faz-tudo do hotel, onde moram o ex-policial esquisito Isaac (Jonas Bloch) e Wellington (Chico Dias), que é funcionário de um matadouro de bois casado com a crente Kika (Dira Paes). A dona do bar é Lígia (Leona Cavalli), que atura conversas e cantadas de clientes.

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