Reuters
18/04/2001 - 12h00

Familiares de vítimas de massacre na escola Columbine criticam polícia

da Reuters, em Littleton (EUA)

Quase dois anos após o massacre na escola Columbine, em Littleton (Colorado, região central dos EUA), no dia 20 de abril de 1999, a polícia local sofre ações legais, acusações de incompetência e um pedido de investigação federal pela ação no caso.

"Depois de dois anos, estou certamente muito mais indignado com o departamento de polícia porque ele ainda está mentindo", disse Brian Rohrbough, pai de Daniel, de 15 anos, uma das vítimas do massacre ocorrido em Littleton.

Rohrbough é um dos maiores críticos do xerife do condado de Jefferson, John Stone, encarregado das investigações. Segundo argumenta, os homens do xerife não agiram com a presteza necessária quando Eric Harris, de 18 anos, e Dylan Klebold, de 17, invadiram o prédio da escola, matando 13 pessoas e ferindo outras 20. Depois dos disparos, os dois se mataram.

A ação judicial iniciada por Rohrbough afirma que seu filho não foi morto pelos dois jovens, mas recebeu tiros disparados pelos policiais, que chegaram ao local do crime pouco depois do início do ataque. A acusação é veementemente negada pelo gabinete do xerife.

Ele e outros pais também acusam Stone de não divulgar importantes informações sobre Harris e Klebold, sobre o dia do ataque e sobre o modo como as investigações foram conduzidas.

"Muitas coisas não podem ser mudadas, mas ainda podemos ter a verdade'', afirmou Rohrbough.

Uma comissão especial apontada pelo governador do Estado do Colorado também criticou a atuação de Stone, que se negou a comparecer ante o grupo. A comissão deve divulgar um relatório sobre o caso no próximo mês.
 

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