A principal novidade na categoria cigarros está no segundo lugar: o Derby, o mais vendido no país (40% do mercado), aparece pela primeira vez sozinho na vice-liderança, com 14%.

A Souza Cruz, que fabrica o Derby, aposta que a lembrança da marca pode crescer ainda mais, com a mudança da legislação -a partir de 2003, a indústria do tabaco ficará proibida de patrocinar eventos culturais e esportivos no país. A restrição já está em vigor em relação à propaganda em TV, rádio, outdoors e imprensa escrita. A disputa pelo consumidor ficará restrita aos pontos-de-venda.

"Provavelmente a Derby, que é uma marca popular, se adapte melhor à nova realidade do que o Free, que investe na promoção de eventos culturais", acredita Fernando Pinheiro, gerente de marketing da Souza Cruz.

O Derby, criado em 1993, não investe muito em propaganda e nunca patrocinou eventos. Seu marketing é direto na boca do caixa, pegando o consumidor pelo bolso (o maço custa R$ 1; um Marlboro Box sai por R$ 1,75, em média).

O preço baixo explica provavelmente o alto número de citações que a marca obteve entre os mais jovens (até 20 anos): 24%, o maior índice entre todas as marcas nessa faixa etária.

Hollywood, a marca mais lembrada pelos brasileiros quando o assunto é cigarro, terá que mudar sua estratégia de marketing para se adaptar à legislação. "Precisaremos buscar um novo contato com o consumidor e teremos que ser mais eficientes nos pontos-de-venda tradicionais", diz Pinheiro.

Em primeiro lugar há nove anos consecutivos, o Hollywood é o terceiro cigarro mais vendido no Brasil -depois do Derby e do Free. Criada em 1931, é uma das marcas mais antigas ainda fabricadas no país. "Ao longo dos anos, temos investido na construção de uma imagem consistente e acreditamos que ela ainda tem gás para crescer", acredita Pinheiro. (TN)



Nome do produto: Hollywood
Fabricante: Souza Cruz
Criação da marca: 1931
Criador: Souza Cruz
Onde é comercializado: o Brasil exporta para Letônia e Israel. Também produzido na Romênia e Uzbequistão, de onde vãopara Geórgia, Turcomenistão, Armênia e Azerbaijão
Fatia de mercado no Brasil: 10%
Agência de publicidade: DPZ
Verba de propaganda em 2000: não divulgada
Slogan: "No limits"
Público-alvo: adulto da classe B