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Novo em Folha 40ª turma
14/02/2006

Prótese foi "presente de Natal" para aposentado

DA EQUIPE DE TREINAMENTO

Eduardo Knapp/Folha Imagem
José (nome fictício) na casa em que mora, que quase foi vendida para pagar o tratamento
José (nome fictício) na casa em que mora, que quase foi vendida para pagar o tratamento
Aos 48 anos, José (nome fictício), aposentado, começou a ter falhas na ereção. "Eu fui casado, sempre tive namoradas. Mas, com a impotência, as mulheres se afastaram", relata.

Demorou dois anos para que tivesse coragem de admitir o problema e procurar um médico. Quando esse dia chegou, dormiu na fila de um hospital. Passou então a gastar boa parte do salário com remédios para a disfunção erétil, "que às vezes faziam efeito, às vezes não".

O consumo intenso de álcool e cigarros ao longo da vida lhe rendeu também um infarto. Depois disso, as coisas pioraram ainda mais. "Eu mentia para as mulheres. Dizia que o médico proibia o sexo por causa do coração."

Até que a situação ficou insuportável. José voltou a procurar um médico e soube que somente um implante de prótese peniana resolveria seu caso."Foi quando decidi colocar minha casa à venda para comprar a prótese, que custava até R$ 14 mil".

Antes de vender a casa, José soube que a cirurgia poderia ser feita pelo Sistema Único de Saúde. Procurou o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, onde novamente foi avaliado por um médico e fez seis meses de psicoterapia. Sem melhora, entrou para a fila do implante de uma prótese.

No Natal do ano passado, José fez a cirurgia. Após 40 dias, antes mesmo do fim do período de recuperação, teve sua primeira relação sexual em sete anos. "Foi o mesmo que ganhar na loteria", conta hoje, aos 58 anos. (AC)
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