21/06/2006

Universitários se frustram com ritmo pós-verão

DA EQUIPE DE TREINAMENTO

Alguns dos vestibulandos decidem fazer faculdade em Florianópolis em janeiro, quando "tudo" abre 24 horas, a temperatura passa dos 30ºC, baladas surgem como janelas "pop-up" da internet.

No último dia 28 de maio, esses mesmos alunos lamentavam os 16ºC e a falta de cinemas, festas, serviços. "Acaba a temporada, fecha tudo. Até loja de conveniência", diz a paulista aluna da Udesc Isabela Grotto.

"Outra coisa é a telentrega: se você está com fome de madrugada, não tem opção", faz coro a paulistana Paula Reverbel, 21, aluna de jornalismo da UFSC. Ela organiza festas pelo centro acadêmico e também se decepciona a respeito. "Aqui, R$ 300 é um lucro bom. Meu grêmio do colégio, em São Paulo, tinha patrocínio de R$ 20 mil".

"É o lance da cidade grande. Sinto falta do caos", resume Luiz Augusto Fakri, outro estudante do jornalismo. Isso apesar de o seu pai ter constatado, em São Paulo, que a família passava "dois meses por ano dentro do carro". Um desapontamento de Fakri com a ilha é a falta de cinemas _são cinco salas, número que aumentará com dois shoppings de inauguração prevista para este ano.

Na contramaré de tantos resmungos, Murilo Colbi, 19, disse que sua opção de curso, no vestibular, foi "Florianópolis". Hoje aluno da administração da UFSC, ele não se arrepende e elogia as baladas da ilha e de todo o litoral catarinense.

São Paulo FC

Na UFSC, há dois microcosmos da "invasão": o time da universidade e o curso de cinema, ambos cerca de 40% paulistas. O time foi criado pelo estudante de educação física paulistano Gabriel Bussinger, em 2003 _não havia uma equipe unificada até então. Hoje, 4 dos 11 titulares e 9 dos 19 reservas são de São Paulo. (TM)