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29/06/2007

Curso de pedagogia a distância opõe governos

VERENA FORNETTI
da EQUIPE DE TREINAMENTO


Raimundo Paccó/Folha Imagem
Estudantes de curso semipresencial fazem avaliação
Estudantes de curso semipresencial fazem avaliação

MEC expande no país formação de professores em cursos que não têm aulas diárias; em São Paulo, prefeitura decide não aceitar diplomas desse sistema

Enquanto o MEC (Ministério da Educação) investe na formação a distância, formandos no curso de pedagogia afirmam sentir preconceito ao procurar emprego.

A Prefeitura de São Paulo decidiu que não aceitará formados a distância no edital aberto na segunda-feira, 25 de junho, para contratar professores e coordenadores pedagógicos.

Artur Costa Neto, do Conselho Municipal de Educação, diz que a prefeitura não questiona a legalidade do diploma, mas quer decidir quem contrata.

"Alguém aceita a formação do médico a distância? Por que para o professor tudo pode ser de qualquer jeito? O curso já é o que dura menos. Ser professor é mais banal?"

Embora não pretenda seguir a medida tomada por São Paulo, o Conselho de Educação do Rio Grande do Sul, que estabelece diretrizes para o Estado, também é contra a formação do professor a distância.

A posição da Prefeitura de São Paulo é reprovada pelo MEC. O ministério afirma que a regulamentação dos cursos superiores é responsabilidade federal e, se o curso é reconhecido, o diploma tem validade.

Apesar das resistências, o número de formandos na metodologia deve aumentar.

Neste ano, 123 instituições participaram do edital para o programa Universidade Aberta do Brasil, que autorizará a abertura de pólos presenciais _unidades aonde o aluno vai esclarecer dúvidas ou fazer prova. Cerca de 80 serão autorizados a funcionar em 2008.

Em três anos, ao menos 136 mil alunos se matricularam em pedagogia ou normal superior_ cujos alunos podem ter equivalência à pedagogia.

A Anfope (Associação Nacional pela Formação de Profissionais da Educação) mandou carta ao MEC contra a primeira graduação do professor a distância. A Anfope aceita que licenciaturas específicas, depois da conclusão da primeira faculdade, sejam semipresenciais.

O MEC não determina a freqüência com que os alunos devem ir aos pólos. Há desde instituições com uma aula por semana até centros que fazem a avaliação presencial duas vezes por semestre. Isso significa que, nos cursos em que a freqüência é menor, o aluno pode se formar indo 14 vezes à aula.

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