12/12/2007
1/4 dos prédios é "espaço cultural"
Dos 98 locais visitados, 13 são centros culturais e 8 abrigam museus; para arquitetos, ocupação precisa ser adequada
Embora defenda uso dos prédios como forma de preservação, especialista tem ressalvas quanto a conceito de centro cultural
Centros culturais e museus, juntos, são os usos mais freqüentes dos prédios tombados. O fato, entretanto, é visto com ceticismo por especialistas.
"Tudo cai no 'centro cultural', mas ninguém sabe definir bem o que é", afirma o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Carlos Lemos.
Prezar pela diversidade dos usos e adaptar os prédios a atividades adequadas à estrutura original são preocupações de outros arquitetos, como a também professora da FAU-USP Mônica Junqueira.
Ela cita como exemplo o restauro do Centro Cultural Banco do Brasil. Apesar de elogiar a obra, critica a adaptação de um auditório de 131 lugares, onde antes havia um banco.
O gestor do centro, Marcelo Mendonça, diz que a escolha dos espetáculos respeita as limitações do espaço.
(RICARDO SANGIOVANNI e TALITA BEDINELLI)