Fã completa 5ª Olimpíada, uma Copa e um Pan

O engenheiro civil José Manuel Fuente, 45, é exceção entre os brasileiros que vão para os Jogos Olímpicos de Pequim, este ano. Desde que decidiu que iria, há cerca de dois anos, o paulista de Mogi das Cruzes vem se preparando diariamente para o evento.

Sua intenção é conseguir uma vaga como voluntário. Com a cara e a coragem, vai para a China uma semana antes da abertura dos jogos bater na porta dos organizadores, pedindo o trabalho.
Para aumentar as chances de conseguir a vaga de voluntário, Fuente comprou dez livros de mandarim e estuda sozinho o idioma, há dois anos. "Se eu tiver o contexto da situação acho que já consigo entender o básico de chinês", aposta.

Foi o que fez na Olimpíada de 2004, na Grécia. Ele se inscreveu em 2001, mas chegou lá sem a confirmação. Como já estudava grego por conta própria, a compreensão do idioma garantiu sua vaga.
Mané Fuente, como também atende, não perde uma Olimpíada desde os jogos de Barcelona, em 1992.
Para cada uma, ele guarda várias experiências. Já assistiu ao desempenho da ginasta Daiane dos Santos, em Atenas (Grécia), e ao último jogo na seleção de basquete de Oscar Schmidt, em Atlanta (EUA).

Manuel também comprou guias de turismo e estuda a cultura local de Pequim. Graças aos livros, acertou cinco das oito perguntas propostas no "teste de sobrevivência" ao lado.

"Essa brincadeira aí custa no mínimo uns R$ 15 mil", calcula. Mas o prazer de ir a grandes eventos esportivos não tem preço, para Fuente: além das quatro Olimpíadas, ele também já esteve na Copa de 2006, trabalhou como voluntário da delegação colombiana do Pan de 2007 e assistiu a partidas do torneio de Roland Garros. (CA E CMC)