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Sono
04/12/2004

Especialistas duvidam de controle do 'enredo'

FLÁVIA MANTOVANI
VIVIANE YAMAGUTI
Da equipe de trainees

O neurologista Luciano Ribeiro, do Instituto do Sono da Unifesp, conhece o trabalho de Stephen LaBerge e acredita que a capacidade de sonhar lucidamente pode ser desenvolvida.

O psiquiatra e psicanalista Alfredo Colucci também diz que uma parte da mente pode ficar "observando" o sonho, mas adverte que, a longo prazo, a prática pode causar cansaço: "A parte consciente não relaxa. O ideal é que a mente toda durma".

No caso do Yumemi Koubou, Ribeiro afirma que o mecanismo faz sentido, pois o sonho pode incorporar estímulos externos. "Um apito que toca enquanto dormimos pode entrar no nosso sonho transformado no barulho de uma fábrica", exemplifica.

O que não pode ser controlado, segundo o neurologista, é o que nossa mente fará com o estímulo, ou seja, o "enredo" que o sonho terá. Para ele, o responsável por isso é o sistema límbico, conjunto de estruturas cerebrais que comanda as emoções.

Os psicanalistas Fani Hisgail e Alfredo Colucci também dizem que o "enredo" do sonho independe de nossa vontade e, portanto, não pode ser controlado por aparelhos. Segundo Hisgail, organizadora do livro "A ciência dos sonhos", é nosso inconsciente que seleciona quais estímulos aparecerão no sonho e de que forma eles serão combinados para criar a narrativa.

O Lucidity Institute afirma não basear seus estudos na psicanálise. A Takara diz que o Yumemi Koubou foi projetado não para dar um roteiro ao sonho, mas para elevar a chance de que o tema escolhido antes de dormir apareça nele.

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