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Vícios modernos
20/06/2004

O CIGARRO E EU: CÂNCER EM CASA NÃO IMPEDIU RITA DE FUMAR POR 35 ANOS

MARCELO PINHO
DA EQUIPE DE TRAINEES

Trabalhar no Inca (Instituto Nacional de Câncer) há 20 anos e perder pai e mãe vítimas de câncer causado pelo cigarro não impediram Rita de Cássia Resende, 50, de fumar por quase 35 anos. Ela chegou a consumir até cinco maços de cigarro por dia, o que custava um terço de seu salário.

O hábito de fumar surgiu ainda na adolescência, aos 15 anos. Com o tempo, passou a fumar até mesmo no trabalho, onde era proibida pelas regras do Inca. "Eu dava umas saidinhas de lá para poder fumar."

Rita conta que, quando estava nervosa, acendia um cigarro no outro. Para não correr o risco de o dinheiro acabar antes dos maços, comprava até três pacotes (cada um contendo dez maços) por semana.

Apenas quando o fumo atingiu sua saúde, Rita pensou seriamente em parar. Uma dor renitente na garganta a levou a fazer exames que diagnosticaram uma inflamação na laringe que poderia se transformar em câncer. "Se eu não parasse morreria", disse, admitindo ter pensado em parar antes, mas "não queria de verdade".

Rita Resende entrou no programa do Inca para combater o tabagismo, destinado a pacientes e funcionários, e há 45 dias deixou de fumar.

No início, sentia quase todos os sintomas de abstinência: dores de cabeça, tonteira, suores frios e alteração no humor. Agora, ela diz que já sente melhoras na respiração, na pele e na alimentação.

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