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20/06/2004

O ÁLCOOL E EU: JOVEM JUROU NÃO COMEÇAR, E AGORA DIZ PODER PARAR

FERNANDA FERNANDES OLIVEIRA
DA EQUIPE DE TRAINEES

Na opinião dos médicos, o estudante Rogério (nome fictício), 25, é um típico caso de pessoa dependente do álcool. Bebe no mínimo quatro vezes por semana e sempre mais do que três doses, quantidade aceitável, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

Quando seu pai, que era alcoólatra, morreu, vítima de um câncer no fígado, Rogério tinha 12 anos.

"Jurei à minha mãe que eu nunca beberia, mas essa promessa não durou muito."

Rogério diz que não se considera alcoólatra. "Adoro cerveja. Não abro mão. Bebo porque gosto, não porque estou alegre ou triste."

Além disso, conta que passou um mês sem beber por recomendação médica para realizar um check up e foi aconselhado a procurar um apoio psicológico, o que não fez.

Das seis perguntas de um questionário usado pelo Cebrid para classificar os dependentes de álcool, duas respostas positivas já consideram uma pessoa alcoólatra. Rogério disse sim a quatro.

Para ele, que tem um frigobar no quarto sempre abastecido de cerveja e consome de seis a sete garrafas (em torno de quatro litros) sempre que bebe, parar não é problema.

"Percebi que posso parar quando quiser, mas não quero. Gosto de beber. Um dos meus grandes problemas é que sou muito resistente, mas não tenho medo de me tornar alcoólatra", conta.

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