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HISTÓRIA
Maior festa country brasileira
começou na mesa de um bar



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A festa de Barretos em 1972   Imagem da 40ª Festa do Peão


Festa para todos

ROBERTO DE OLIVEIRA
da Revista da Folha

Nem mesmo aqueles que se excederam no pileque, num boteco de esquina de Barretos, poderiam imaginar que aquela tarde do dia 15 de julho de 1955 faria história. Um encontro de 17 rapazes, regado a muita cerveja e cachaça, era o pontapé inicial para aquela que viria a ser a maior festa do peão de boiadeiro do mundo, com público estimado em 1,5 milhão.

A pauta da bebedeira girava em torno de estratégias para arrecadar dinheiro para festas e afins. Surgia o clube Os Independentes, que hoje reúne cerca de 200 empresários, fazendeiros e comerciantes e que organiza o evento.

Em 1985, na sua 30ª edição, a festa deixou o centro de Barretos (438 km a noroeste de São Paulo) e se transferiu para o Parque do Peão, uma verdadeira cidade country com 1,2 milhão de m² (quase do tamanho do Parque do Ibirapuera). O parque tem empresas, que expõem desde produtos agropecuários a roupas country, de botas e cintos de couro de avestruz a artigos de decoração, além de mais dez churrascarias e lanchonetes de fast food. Há também um parque de diversão, camping, bares e boates.

Inaugurado em 1989, o Estádio do Peão, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com o formato de uma ferradura e capacidade para 35 mil pessoas sentadas, é o local onde acontecem os principais shows e as montarias de rodeio.

Nos dez dias de festa, três tipos de população circulam pela cidade, que funciona 24 horas por dia. Um tipo específico de aficionado por rodeio vai a Barretos para assistir às provas. Outro fica perambulando pelo Parque do Peão à procura de diversão e não chega a pisar nas arquibancadas do estádio. Uma outra multidão, calculada em 500 mil pessoas, aluga casas e se instala no centro de Barretos.

Se traz cifras recordes para Barretos, a festa também instala um certo caos. Congestionamentos, filas em restaurantes, violência, problemas que levam muitos dos habitantes da cidade -os que não lucram com a festa- a se exilarem por dez dias.

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