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Cidade do México - Centro histórico

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A Catedral Metropolitana da Cidade do México

GIOVANA GIRARDI
Editora de Educação e Ciência da Folha Online

A Plaza de la Constituición, ou Zócalo, o centro histórico e marco zero da Cidade do México, não é só uma das maiores praças do mundo, mas contém todos os símbolos históricos, políticos e sociais do país.

A praça ostenta uma imponente bandeira mexicana no centro e é rodeada pela Catedral Metropolitana, pelo Palácio Nacional, além de outros prédios públicos, restaurantes, lojas e feiras. Ao lado há um templo asteca e as ruas estão repletas de ambulantes vendendo todo tipo de produto típico do folclore mexicano.

A sede do governo é o símbolo da dominação do espanhol Hernán Cortés sobre a cidade asteca de Tenochtitlán e seu imperador, Montezuma. Cortés soterrou o palácio de Montezuma e construiu a sua casa em cima, em modelo renascentista.

No interior do prédio que abriga o gabinete do presidente estão pintados diversos murais de Diego Rivera, que retratou entre 1929 e 1935 sua visão da história do país.

As obras foram feitas após a Revolução Mexicana e os murais mostram uma visão engajada da história, ilustrando um conflito entre “heróis” (povos pré-hispânicos, líderes da independência e revolucionários) e “vilões” (colonizadores, conservadores e capitalistas).

Nos fundos do palácio há mais uma representação do país. O jardim tem exemplares de todas as espécies de cacto do México.

Catolicismo

A Igreja representa o poder do catolicismo no país, onde nove em cada 10 habitantes são católicos. Ela, assim como várias outras construções da região, está sofrendo afundamento.

Em uma das esquinas do Zócalo está o Templo Mayor, que foi aterrado, assim como a casa de Montezuma, para a construção da cidade espanhola em 1521.

O templo ficava no centro de Tenochtitlán e só foi descoberto em 1978. O edifício religioso foi construído pelos astecas nos séculos 14 e 15, no local onde, segundo a lenda, eles haviam visto uma águia comendo uma serpente em cima de um cacto. O trio está representado na bandeira do país.

Os dois templos que ficam no topo da construção homenageiam os deuses da guerra, Huitzilopochtli, e da chuva e da água, Tlaloc. Diz a lenda que os astecas costumavam “acalmar” os deuses com sacrifícios humanos.

Pelos calçadões da praça se espalham os camelôs vendendo desde as mais típicas lembrancinhas do país a filmes fotográficos e aparelhos eletrônicos.

Pessoas tocando músicas locais, índios com incenso e até mesmo uma barraquinha do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), do sub-comandante Marcos, também estão presentes. Qualquer semelhança com o viaduto do Chá e a praça da Sé não é mera coincidência.

Ruínas astecas

Tenochtitlán, a capital do império asteca, foi construída em uma ilha do lago Texcoco. Ao ser invadida e conquistada pelos espanhóis, ela foi destruída para a construção da nova cidade. O local se tornou a Plaza de la Constituición, ou Zócalo, e guarda embaixo de seus edifícios as ruínas astecas.

Os espanhóis usaram as pedras de Tenochtitlán para fazer as novas obras e acabaram aterrando o lago para ampliar o território.

O ato expansionista causou um dos principais problemas da cidade: ela está afundando. O aterramento do Texcoco criou um solo instável e frágil. A terra não suporta o peso das construções e vários prédios, igrejas, monumentos e até mesmo as ruas apresentam desnível e rachaduras.

Os danos se estendem por toda a cidade. No Paseo de la Reforma, por exemplo, o monumento a la Independencia submerge 2 cm por ano e já afundou 36 metros .Quando foi erguido, em 1910, a base ficava à beira da rua. Com o desnível, o governo começou a colocar degraus de pedra embaixo do monumento para retardar seu afundamento.

Até mesmo a Basílica da Virgem de Guadalupe e as demais igrejas do local, que ficam ao norte da cidade e no fim do lago, apresentam trechos com desnível.

Mas o Zócalo é mesmo a região mais afetada. Atrás da Catedral há vários prédios com fortes rachaduras causadas em razão dos problemas do solo e também em decorrência do terremoto de 1985, que matou 9.000 pessoas na cidade.

A jornalista Giovana Girardi viajou a convite da Prefeitura da Cidade do México e da AeroMexico

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