Balneário Camboriú - Baleias francas

Claudio Saldanha/Divulgação

De julho a outubro as baleias Francas procuram as águas quentes da costa brasileira para reprodução e amamentação dos seus filhotes

MÁRCIO DINIZ
da Folha Online

Uma boa opção para fugir dos tradicionais roteiros de inverno das cidades serranas é visitar Florianópolis nesta época do ano. Apesar das temperaturas girarem em torno dos 16ºC e as águas serem quase "impróprias" para o banho por causa do frio, as atenções se voltam para o mar.

De julho a outubro o espetáculo fica por conta das baleias da espécie franca austral, que podem ser observadas bem próximas da costa sul de Santa Catarina com certa frequência.

Ameaçada de extinção, elas migram nesta época do ano da Antártida em busca das águas mais quentes da costa brasileira para reprodução e amamentação dos seus filhotes.

Elas podem ser vistas da praia ou em passeios de barcos, a cerca de 30 metros de distância. Essa prática é conhecida como whalewatching, atividade que gera cerca de US$ 1 bilhão em todo mundo.

Os melhores pontos de observação vão do sul da ilha até a divisa com o Rio Grande Sul, área da primeira APA (Área de Proteção Ambiental) do país voltada para as baleias Francas. Esta região compreende doze municípios do litoral centro-sul de Santa Catarina, somando 156 mil hectares da zona litorânea e o mar. Veja o mapa. (www.baleiafranca.org.br.)

Natureza e esporte

Para quem gosta de praticar esportes em contato com a natureza, o sul de Florianópolis mantém três reservas ambientais: os Parques Municipais da Lagoinha do Leste e da Lagoa do Peri e um braço do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, bem no extremo sul, onde se localizam a praia e o farol dos Naufragados.

O visitante poderá conhecer cachoeiras e caminhar pelas trilhas da região observando espécies da flora e fauna local, tais como: cedro, peroba, camboatás, canela preta e ipê roxo.

A frondosa guarapuvu se destaca na mata. De seu tronco eram "esculpidas" as antigas embarcações baleeiras. Na ilha do Campeche é possível ver inscrições rupestres de 4.500 anos.