Barra Bonita

Fotos Eduardo Asta/Folha Imagem e Tadeu Brunelli/Divulgação

Entrada da eclusa e vistas do rio Tietê, em Barra Bonita (SP)

JANAINA FIDALGO*
da Folha Online

Deparar-se com um rio Tietê limpo e navegável é sem dúvida a melhor surpresa reservada pela visita a Barra Bonita. Quem conhece o trecho paulistano do rio -hoje poluído, malcheiroso e palco de constantes enchentes- mal pode acreditar que a apenas 302 km de São Paulo é possível passear de barco pelo Tietê, alimentar peixes e ver garças sobrevoando a região.

Um dos passeios mais antigos e conhecidos da cidade depende do rio para existir: a eclusa de Barra Bonita. Para transpor os desníveis causados pelas barragens que geram energia, uma eclusa, que nada mais é do que um elevador de águas, foi construída. O processo faz com que as embarcações superem um desnível de 26 metros da jusante (nível baixo da barragem) para a montante (nível alto da barragem), e vice-versa.

Graças à ação da gravidade, a eclusa pode ser enchida ou esvaziada. Depois que a embarcação entra na eclusa, bóias são atracadas ao barco para garantir a segurança do processo. Na operação, que dura em média 15 minutos, as comportas são fechadas para que a água possa encher os 142 metros de comprimento por 12 de largura do corredor onde ficam os barcos.

Ao chegar na parte mais alta do rio, a comporta que fica na parte da frente é aberta para que as embarcações possam continuar o trajeto pelo Tietê.

O passeio dura cerca de três horas e pode ser feito a bordo dos barcos San Marino, San Raphael ou San Diego. Casais que levam os filhos para conhecer o processo de eclusagem e animados grupos da terceira idade se misturam, animados pelo comandante Helio Palmesan e suas marchinhas de carnaval.

Nos finais de semana os barcos costumam fazer dois passeios por dia -das 9h30 às 12h30 e das 13h às 16h. O passeio custa R$ 28 por pessoa e inclui um almoço simples. As bebidas e sobremesas são cobradas à parte. As reservas podem ser feitas pelo telefone 0/xx/14/ 641-2422.

Além do processo de eclusagem, observar as garças que sobrevoam o Tietê ou que ficam nas comportas à espera dos peixes que ficam presos é outra atração do passeio. Mas as margens do rio não reservam grandes surpresas ou belezas naturais.

*A repórter Janaina Fidalgo viajou a convite da Secretaria Estadual do Esporte e Turismo de São Paulo.