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Barra de São João - Personagem

Casimiro de Abreu

O pequeno distrito serviu de inspiração para o poeta Casimiro de Abreu. Ainda conserva a casa de taipa onde o poeta nasceu e morreu, aos 21 anos, de tuberculose.

Casimiro José Marques de Abreu nasceu na freguesia do Rio São João, no Estado do Rio de Janeiro, em 4 de janeiro de 1839. Filho de pai português e mãe brasileira, fisicamente débil e de vida completamente desregrada, contraiu tuberculose pulmonar, como a maioria dos poetas de sua época, e morreu precocemente.

Seu pai sempre foi contra sua veia poética e sua maneira de levar a vida. Receando pela saúde do filho, obrigou-o a trabalhar no comércio desde cedo e impossibilitou-o de completar os estudos, proibindo-o de fazer o curso superior.

Porém, foi à custa do pai que Casimiro de Abreu fez uma viagem a Portugal e lá encenou, no Teatro D. Fernando, sua peça, em verso, "Camões e Jaú", escrita aos 15 anos de idade e publicada após a apresentação. O pai de Casimiro, porém, o mandou para Portugal, a fim de que ele lá completasse seus conhecimentos na prática comercial. Foi também o pai de Casimiro que, conforme carta do poeta a um amigo, pagou a publicação de "As Primaveras", livro editado e publicado no Rio de Janeiro em 1859.

A estada de quatro anos em Portugal teve uma importância fundamental na vida de Casimiro de Abreu, e dessa mesma estada existem numerosas reminiscências em quase todos os seus poemas.

Em virtude de sua pouca instrução e de sua pouca idade, a poética de Casimiro de Abreu é muito limitada. Talvez por isso sua obra poética não tenha profundidade filosófica, e a impressão que dela resulta e a de estarmos em frente a um poeta extremamente simples, ingênuo e espontâneo, chegando, às vezes, a parecer infantil.

Logo depois da edição de seu único livro de poemas, "As primaveras", o pai de Casimiro, então muito doente, chamou o filho à terra natal para uma última e eterna reconciliação, pois faleceu a 17 de abril, logo após ter dado termo a sua vontade.

No mesmo ano, Casimiro ficou noivo de Joaquina Alvarenga da Silva Peixoto. Em julho, segue para Nova Friburgo, para tentar a cura da tuberculose que o acometera. Casimiro morreu a 18 de outubro de 1860, na Fazenda de Indaiaçu, com 21 anos de idade.

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