Lençóis Maranhenses - Parque Nacional

Janaina Fidalgo/Folha Imagem

No sentido horário, vista da praia do Cajueiro Velho; toyota atravessa o parque nacional e baiacu com a barriga inflada para fugir dos inimigos

JANAINA FIDALGO
da Folha Online

Longe de ser um deserto, analogia feita pelo fato de ser uma imensa área de areia quase desabitada, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses é um daqueles lugares únicos, que torna impossível qualquer tipo de comparação.

Com uma área de 155 mil ha -maior que a cidade São Paulo, que tem 149.300 ha-, o parque foi criado em junho de 1981 para facilitar a preservação de seus ecossistemas.

Embora quatro ou cinco meses sejam secos, o parque tem um índice pluviométrico anual de cerca de 1.600mm -as regiões desérticas têm precipitação inferior a 250mm por ano. Com clima tropical, a estação de chuva começa em janeiro e se estende até junho, época em que se formam dezenas de lagoas.

O vento forte e incessante muda constantemente a posição das dunas, que chegam a atingir mais de 20 metros de altura, e mascara as altas temperaturas -30ºC a 38ºC- porque o ar, sempre fresco, dá a impressão de que o sol não está tão quente. O melhor é passar filtro solar antes de começar o passeio. Óculos escuros são imprescindíveis.

Na estação seca, vêem-se no parque resquícios das casas dos pescadores, que abandonam a região nesta época para se dedicar à criação de animais. Feitas de palha de buriti, as cabanas são praticamente destruídas pelo vento e soterradas pelas dunas. Com pouca vegetação, sobressaem-se no parque os manguezais.

O acesso ao parque, que tem 70 Km de praia, pode ser feito por via terrestre e, na estação chuvosa, pelo rio Preguiça -a partir de Atins ou de Barreirinhas. O parque não tem infra-estrutura para receber visitantes.

*A jornalista Janaina Fidalgo viajou a convite da RCA Tours (www.rcatours.com.br/), da TAM (www.tam.com.br) e da Korubo Expedições ( www.korubo.com.br).