Turismo

Colômbia

Ricardo Bonalume Neto/Folha Imagem
A Plaza de la Aduana, na região da cidade velha, com seu casario colonial e, ao fundo, o frontão da igreja de San Pedro Claver, construído em homenagem a um jesuíta que se dedicou aos escravos, em Cartagena

do Banco de Dados

A presença do narcotráfico e das guerrilhas têm associado a Colômbia à violência e dificultado ao país desenvolver o seu potencial turístico. A região do Caribe, principalmente Cartagena, tenta se desvincular dessa imagem.

Situada no noroeste da América do Sul, a República da Colômbia é o único país do continente a ser banhado tanto pelo Oceano Pacífico como pelo mar do Caribe. As florestas tropicais cobrem dois terços do continente e o restante do território é ocupado pela Cordilheiras do Andes e pelas regiões da costa, onde vivem cerca de 90% da população.

A cidade de Cartagena, cujo conjunto arquitetônico colonial é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco, situa-se no litoral caribenho e é o principal destino turístico do país. Também destacam-se a ilha de San Andrés, que possui o que o tradicional visitante do Caribe geralmente procura: tempo bom, lindas praias, excelentes pontos de mergulho e centros de compras. Próximo a San Andrés está a pequena ilha de Johnnie Cay, considerada a paisagem mais caribenha do país e um lugar perfeito para nadar, mergulhar, descansar entre palmeiras e fotografar.

Santa Fé de Bogotá, a capital, Cali, Medellín e Barranquila são as principais cidades do país, cuja população, composta principalmente por mestiços de índios, negros e brancos, é a segunda maior da América do Sul, atrás apenas do Brasil.

A agricultura é a principal atividade econômica do país, com destaque para o café, do qual é o segundo maior produtor mundial. A língua oficial do país é o espanhol e a moeda o peso colombiano.

Entre 1536 e 1539, a Espanha conquistou a Colômbia e submeteu a população a um sistema de trabalho próximo ao da escravidão. Depois de quase trezentos anos de colonização, no século 19, a maioria da população indígena já havia sido exterminada.

Em 1781, com a Revolta dos Comuneros, começou um longo processo de libertação que terminou em 1813, com a declaração de independência de Cundinamarca, promovida por Antonio Nariño, que defendia os interesses dos europeus e da burguesia. Em 1816, Simón Bolívar libertou o país, a partir da Venezuela, e criou a República da Grande Colômbia, formada pelos territórios dos atuais Venezuela, Equador, Panamá e Colômbia. Entre 1829 e 1830, os territórios da Venezuela e do Equador se separaram e foi proclamada a República de Nova Granada, que passou a se denominar Colômbia a partir de 1886.

Em 1948, aconteceu o "Bogotazo", revolta popular em razão do assassinato do líder liberal Jorge Eliécer Gaitán e , a partir daí, uma série de organizações guerrilheiras passam a atuar no território colombiano. Um reforma constitucional, em 1975, garantiu a alternância de poder entre conservadores e liberais por 12 anos.

Em 1964, são fundadas as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que se abrigam nas montanhas colombianas, e que são a maior guerrilha em atividade da América Latina. Com cerca de 18 mil homens, o grupo tem como um de seus objetivos proteger os pequenos agricultores da ação voraz dos grandes latifundiários.

Como reação, os fazendeiros armaram milícias paramilitares, auto-intituladas forças de autodefesa, que combatem a guerrilha, mas também atacam a população civil suspeita de apoiá-la.

Para obter recursos e pressionar o governo, tanto guerrilheiros como paramilitares criaram uma indústria de sequestros, com uma média anual de mil casos.

Ao assumir o governo, em 1998, o presidente Andrés Pastrana, prometeu dar prioridade às negociações de paz com a guerrilha.

Cidades
  • Cartagena


  • Onde fica
     

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca