Turismo

Punta del Este - Outros passeios

Martín Rodríguez Gambaro
Ilha do Lobos, cuja população é de 160 mil lobos finos e 10 mil leões marinhos

da Revista da Folha

Ilha dos Lobos
A Ilha dos Lobos não pode deixar de ser visitada. A 11 km da costa, essa ilha de 11 hectares é habitada pela maior colônia de lobos marinhos da América do Sul. Os guias que acompanham os turistas no barco são biólogos formados ou estudantes. A população total é de cerca de 160 mil lobos finos e 10 mil leões marinhos. Anualmente nascem 32 mil filhotes de lobos e 3.000 de leões. Lá o turista fica a menos de 50 metros dos bichos.

Na ilha também descansam as focas gigantes. A alimentação dos animais é constituída de diversas espécies de peixes, moluscos e crustáceos. Os lobos finos comem anchovas, camarão e merluza.

Chacra de Vovô
Outro passeio bem diferente e único por estar no Uruguai, é a visita a uma fazenda que cria emas. A 25 km do centro, a Chacra de Vovô é um passeio curioso e diferente, pois lá, além de conhecer todo o processo da criação de emas, é possível experimentar a carne desse animal em um almoço descontraído.

O brasileiro e consultor de engenharia Ivan Ferrucci e a mulher Nair Abreu, que tinha uma imobiliária em Buenos Aires, administram essa fazenda. Tudo é muito bem dividido: ela cuida do negócio das emas e ele do almoço no fim de semana.

A carne de ema tem um sabor muito exótico, meio adocicado. Tem baixo teor de colesterol, pouca gordurosa e muita proteína. Por isso, é aconselhável para dietas de prevenção.

Da ema, Nair consegue industrializar e vender produtos como carne, linguiça, presunto cru, cozido e a leonesa, uma espécie de salsichão. Atualmente, estuda-se ainda o uso da gordura do lombo pela indústria de cosméticos.

As emas, conforme ganhando peso, vão sendo transferidas de galpões até tomarem o pasto inteiro. É possível produzir 10 kg de carne de cada ema, que, em um ano, põe de 50 a 65 ovos. Todo cuidado é pouco nesses primeiros meses, já que os ovos são chocados por 35 dias em chocadeiras e não pelo pai, como acontece na natureza. Com até 60 dias, as emas ainda dormem nos galpões com chão aquecido. Com 90 dias de vida vai para o pasto e quando tiver pelo menos 23 quilos, o que acontece geralmente com 10 meses, é abatido.

Aliás, esse assunto não pode ser mencionado perto de Nair. "O dia que está marcado para o caminhão do frigorífico vir buscá-las, eu saio de manhã e só volto à noite. Nunca vi nem como elas entram no caminhão."

Nair cuida das emas como se elas fossem crianças. Quando se aproxima do pastos, todas esticam o pescoço e vão em sua direção. Ela chega a ninar filhotes fracos em seu colo para tranquilizá-los. "Os mais fracos e estressados choram quando estão dentro do ovo", diz ela.

A ema é um bicho que se socializa muito bem, mas que se estressa fácil. Qualquer ruído forte a assusta. Os galpões são sonorizados com música de FM para que elas se acostumem aos barulhos e ruídos. Para compor a flora intestinal dos bichos, Nair dá Yakult na mamadeira. Os ovos inférteis são triturados e incorporados na alimentação, composta de aveia em grão, leite e capim.

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