Turismo

Grécia

Aeroporto Internacional de Atenas. Isso mesmo! Estou aguardando o check-in para voar para o Cairo, Egito, o que significa mais uma mudança no roteiro original. O frio da Europa não está fácil de aguentar e está nevando em Tessalonica e Istambul. Não dá para encarar o norte da Grécia e a Turquia embaixo de neve. Nada melhor do que voltar para a querida África árabe. (...)

Chegamos (Roberto e Kevin, um ciclista norte-americano que o acompanhou na Grécia) a Igoumenítsa, no norte, da Grécia à noite, após uma viagem de oito horas, felizmente com tempo bom. Eu ainda estava abalado e muito chateado com o ocorrido nos últimos dias na Itália, mas a sensação de estar mudando de ares me fez bem.

Procurar um ponto para acampar não foi fácil, pois estava escuro, mas acabamos encontrando um lugar muito bom e tranquilo, graças à dica de um casal que encontramos no caminho.

No dia seguinte, passamos na cidade para as "formalidades" da chegada: sacar dinheiro local (dracmas, que valem 1/200 dólar), conseguir mapas, comprar algumas coisas etc., e então rumamos para o sul, encarando o litoral montanhoso, embora bem bonito, da Grécia.

Pela primeira vez estava num país cujo idioma é totalmente desconhecido: não sabia nem falar bom dia em grego. Os vários anos de estudo de física e matemática me ajudaram a decifrar a língua escrita, pois estava familiarizado com os alfas, betas, gamas, pis, ômegas etc. (foi especialmente útil para identificar produtos no supermercado), mas a língua falada era, literalmente, grego para mim e para o Kevin. Nas estradas não tínhamos problemas, pois as placas eram escritas também em inglês.

Aos poucos fomos aprendendo algumas palavras em grego, pois o povo, em sua maioria, é bem simpático com os estrangeiros e, bem diferente da Itália, boa parte dos gregos fala um inglês de razoável para bom.(...)

Após a travessia de um canal, chegamos, mais uma vez embaixo de chuva, a Patras, a primeira cidade grande que atingimos na Grécia. Hora de ir a um Albergue da Juventude para dormir numa cama e assistir televisão.

O quarto no qual ficamos era um mosaico de raças: argentino, japonês, brasileiro (eu), americanos e, pasme, um curdo! Ficamos impressionados com a história dele: vivia no Iraque e fugiu para a Turquia, onde, de Istambul, seguiu a pé para Grécia por um caminho pelas montanhas. Os refugiados curdos viajam sem passaporte e não podem viajar de ônibus ou trem, e muito menos de avião ou barco. Também não podem andar por estradas, pois há controle policial. (...)

Consulte também

  • Cicloturismo: "Qualquer pessoa pode praticar"


  • Trechos da entrevista virtual

  • São Paulo (o início)
  • De São Paulo a Recife
  • Portugal (a chegada a Europa)
  • França
  • Tunísia
  • Irã
  • Vietnã (a briga na rua)
  • Entre o Paquistão e a China (a cadeia do Himalaia)
  • Índia pelas montanhas (uma das pedaladas mais difíceis)
  • Nepal
  • Oriente Médio (do Egito ao Curdistão)
  • Tailândia (as aulas de inglês)


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