Turismo

Berlim Oriental

Reuters
Pôr-do-sol visto a partir da cúpula instalada no alto do Parlamento alemão

da Folha Online, em Berlim

Começar o passeio pelo antigo lado oriental de Berlim é a melhor opção. Há muito para ver, para conhecer e se encantar. O ônibus urbano de número 100 pode ser útil para o primeiro reconhecimento da cidade: ele passa por quase toda a antiga parte oriental e facilita a localização dos museus, galerias de arte, monumentos e teatros locais.

O Haus am Checkpoint Charlie, museu que fica onde existia o mais importante ponto de acesso entre as duas Berlim (Oriental e Ocidental), oferece uma aula de história, desde a construção do muro até a sua queda. O mais interessante é que, durante a visita ao museu, é possível conhecer as dificuldades pelas quais os cidadãos da ex-Alemanha Ocidental passaram e os curiosos métodos que utilizaram para atravessar a fronteira.

As melhores histórias

Há histórias como a do músico holandês que conseguiu tirar a noiva da antiga Berlim Oriental dentro de um amplificador; a de uma mulher que foi transportada dentro de duas malas; e as de centenas de pessoas que fugiram por túneis.

Muitas dessas fugas viraram temas de filmes, como “Túnel 28”, produzido pelos estúdios MGM, que conta a história de 28 pessoas que fugiram por um túnel de 80 centímetros de altura, 70 centímetros de largura e 30 metros de comprimento. Outro filme, “Mit dem Wind nach Westen” (“Com o Vento para o Ocidente”), da Disney, mostra a aventura real de duas famílias (oito pessoas, entre adultos e crianças) que fugiram em um balão em 1979.

Caminhar pela Unter den Linden, principal avenida da parte oriental, também é uma atração e tanto. Lá é possível encontrar um verdadeiro parque cultural, que inclui prédios como o da Catedral St. Hedwig, da Deutsche Staatsoper (Ópera Municipal, muito mais bonita e interessante que a ópera do lado ocidental), a Universidade Humboldt, o Palais Unter den Linden, o Deutsches Historisches Museum (Museu de História Alemã) e um local conhecido como o Museumsinsel, que reúne quatro importantes museus, o Altes Museum, a Nationalgalerie, o Pergamon Museum e o Bodemuseum.

Valem os passeios pela praça Gendarmenmarkt, onde está também o Schauspielhaus (principal sala de concertos da cidade) e a catedral francesa, na qual há um museu que conta a história dos refugiados protestantes, o Huguenot Museum.

Igrejas

Para quem gosta de igrejas, a Catedral de Berlim, a Dom, é de visita obrigatória. Por 10 marcos (US$ 5), o turista sobe até a cúpula da igreja, o que permite uma visão completa da cidade, além de conhecer um pequeno museu de história, que conta todas as fases de restauração da catedral, erguida entre 1894 e 1905, durante o governo do Kaiser Wilhelm 2º.

No subsolo da catedral é possível estar frente-a-frente com os túmulos de muitos personagens importantes, inclusive da família Wilhelm.

Política ou arquitetura?

O Brandeburg Tor (que até outubro permanece com uma rede de proteção em sua volta para ser restaurado) e o Deutscher Bundestag (o antigo Reichstag, o Parlamento Alemão), são locais que também merecem atenção.

É possível visitar a parte interna do Parlamento, passar pelos corredores onde, depois da restauração, os arquitetos optaram por deixar antigos símbolos criados nas paredes, como mensagens dos soldados norte-americanos, ingleses e russos.

Uma curiosidade é a gigantesca águia colocada no alto e ao centro, logo na entrada. Segundo a assessoria do Parlamento que acompanha os visitantes, o artista que construiu a águia queria fazê-la mais magra, mas os parlamentares instituíram uma votação e decidiram que o símbolo do governo alemão deveria continuar sendo uma águia mais gorda. Embora a vitória dos parlamentares tenha sido apertada, o artista conseguiu confeccionar uma obra que agradou a todos: vista de frente, a águia continua sendo o velho símbolo alemão, gorda e com ar de seriedade. Vista por trás, visita permitida apenas para a imprensa e para alguns convidados, a águia é magra e mostra um sútil, mas perceptível, "sorriso".

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