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26/08/2001
-
16h00
da Folha Ribeirão
A 46ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos realiza hoje, a partir das 16h, a final do Rodeio Internacional no estádio de rodeio do Parque do Peão.
O evento, que foi marcado por uma sequência de crises externas como a alta do dólar e o racionamento de energia, também enfrenta o boicote dos principais competidores das provas cronometradas, como Bulldog, Laço de Bezerro, Três Tambores e Laço em Dupla. Anteontem à noite, metade dos competidos não participou das provas.
Nas montarias de cavalo e touro, que não foram afetadas pela paralisação, a grande ausência é o campeão mundial Adriano Moraes, que desistiu da etapa de Barretos devido a um impasse envolvendo a exibição de seus patrocinadores.
Na quinta-feira, um grupo de competidores iniciou uma manifestação protestando contra o valor das premiações e o veto à exibição de patrocinadores particulares no interior da arena.
Mesmo com uma tentativa de acordo entre a direção da FNRC (Federação Nacional do Rodeio Completo) e os representantes das modalidades, não foi possível agradar a todos os competidores.
"Eles [os organizadores] vendem cotas de patrocínio de nossas provas e não querem nem dar um suplemento para melhorar a premiação", diz Giovanna Balbo, representante das competidoras de Três Tambores.
De acordo com ela, durante a negociação na quinta-feira, foi cogitada a possibilidade de aumentar o valor da premiação da categoria para R$ 10 mil.
"Nós não aceitamos porque achamos injusto esse tipo de coisa. Eles [federação] devem melhorar o valor do prêmio para todas as categorias", diz Giovanna. Para o competidor Lincoln Figueiredo, representante das modalidades de Laço em Dupla e Laço em Bezerro, a situação é apenas um reflexo do descontentamento dos participantes.
"Nos Estados Unidos, você pode entrar em qualquer rodeio com o seu patrocinador que não existe problema. Aqui [no Brasil] estamos sendo vetados. Além disso, a premiação não é equivalente aos nossos gastos", afirma Figueiredo.
Para o presidente da FNRC e do clube Os Independentes, Hussein Gemha Júnior, a manifestação foi um ato isolado envolvendo apenas uma pequena parte dos competidores do rodeio.
Ele diz acreditar que o incidente não chegou a afetar o evento nem provocou a queda de interesse do público que assistiu as etapas anteriores da competição.
"A principal atração dos rodeios são as montarias de touro e cavalo. As demais competições não despertam tanto interesse no público", diz Gemha Júnior.
Para ele, o boicote só vai prejudicar os competidores que dependem das provas do calendário nacional da federação.
"Caso a federação seja extinta, quem vai perder são os competidores porque vai parar o processo de regulamentação da profissão e eles não terão nem onde disputar as provas", afirma Hussein.
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Em meio a boicote, rodeio de Barretos tem final hoje
ANGELO SASTREda Folha Ribeirão
A 46ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos realiza hoje, a partir das 16h, a final do Rodeio Internacional no estádio de rodeio do Parque do Peão.
O evento, que foi marcado por uma sequência de crises externas como a alta do dólar e o racionamento de energia, também enfrenta o boicote dos principais competidores das provas cronometradas, como Bulldog, Laço de Bezerro, Três Tambores e Laço em Dupla. Anteontem à noite, metade dos competidos não participou das provas.
Nas montarias de cavalo e touro, que não foram afetadas pela paralisação, a grande ausência é o campeão mundial Adriano Moraes, que desistiu da etapa de Barretos devido a um impasse envolvendo a exibição de seus patrocinadores.
Na quinta-feira, um grupo de competidores iniciou uma manifestação protestando contra o valor das premiações e o veto à exibição de patrocinadores particulares no interior da arena.
Mesmo com uma tentativa de acordo entre a direção da FNRC (Federação Nacional do Rodeio Completo) e os representantes das modalidades, não foi possível agradar a todos os competidores.
"Eles [os organizadores] vendem cotas de patrocínio de nossas provas e não querem nem dar um suplemento para melhorar a premiação", diz Giovanna Balbo, representante das competidoras de Três Tambores.
De acordo com ela, durante a negociação na quinta-feira, foi cogitada a possibilidade de aumentar o valor da premiação da categoria para R$ 10 mil.
"Nós não aceitamos porque achamos injusto esse tipo de coisa. Eles [federação] devem melhorar o valor do prêmio para todas as categorias", diz Giovanna. Para o competidor Lincoln Figueiredo, representante das modalidades de Laço em Dupla e Laço em Bezerro, a situação é apenas um reflexo do descontentamento dos participantes.
"Nos Estados Unidos, você pode entrar em qualquer rodeio com o seu patrocinador que não existe problema. Aqui [no Brasil] estamos sendo vetados. Além disso, a premiação não é equivalente aos nossos gastos", afirma Figueiredo.
Para o presidente da FNRC e do clube Os Independentes, Hussein Gemha Júnior, a manifestação foi um ato isolado envolvendo apenas uma pequena parte dos competidores do rodeio.
Ele diz acreditar que o incidente não chegou a afetar o evento nem provocou a queda de interesse do público que assistiu as etapas anteriores da competição.
"A principal atração dos rodeios são as montarias de touro e cavalo. As demais competições não despertam tanto interesse no público", diz Gemha Júnior.
Para ele, o boicote só vai prejudicar os competidores que dependem das provas do calendário nacional da federação.
"Caso a federação seja extinta, quem vai perder são os competidores porque vai parar o processo de regulamentação da profissão e eles não terão nem onde disputar as provas", afirma Hussein.
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